Golden Sun
Golden Sun está repleto de vestígios de Shining Force, mas segue o esquema mais tradicional de RPGs como Phantasy Star e Final Fantasy. Você é Isaac, um pequeno garoto de Vale, uma cidade que esconde seus poderes psíquicos do resto do mundo. Através de uma série de incidentes, Isaac e seus companheiros viajam pelo mundo para impedir uma terrível catástrofe (até aí, nada de novo).
O jogo é uma verdadeira viagem pela rua da nostalgia. A música lembra muito o clássico Secret of Mana do SNES, e o visual, apesar de muito superior a qualquer outro RPG de 16 bits, é aconchegantemente familiar - impressionam por sua qualidade em um portátil. Cada cidade e fundo de batalha transborda com inúmeras cores, provando que nem só de polígono se faz belos mundos virtuais.
Mas o aspecto mais cativante de Golden Sun é seu roteiro. Ao invés de exagerar no mel e recriar verdadeiras novelas mexicanas, o título emprega diversas técnicas visuais e narrativas discretas e muito competentes para conferir dramaticidade sem exageros. Mesmo assim, o jogo às vezes pega meio pesado nos diálogos, que acabam um pouco longos. Isso sem falar nas inúteis telas em que você escolhe Sim ou Não: além de não fazer diferença NENHUMA na história, ela é feita para perguntas óbvias e a cada 5 minutos! Essa dualidade mórbida já começa a irritar logo nas primeiras horas de jogo.
Para aqueles que se preocupam com duração dos jogos, aí vai uma informação: apesar do cartucho ser pequeno, a aventura dura algumas dezenas de horas. E com um sistema de combate divertido e original, tudo se encaixa com uma precisão incomum. O sistema tem um único incoveniente: quando você manda mais de um personagem atacar um inimigo, e um deles mata esse oponente, o próximo se defende, ao invés de atacar outro. Isso não acontecia desde os dias de Final Fantasy I.
Ciente da portabilidade de Golden Sun, a Camelot foi esperta e inclui opções para salvar em praticamente qualquer ponto do jogo, assim como um 'Sleep Mode', que desliga a tela do portátil sem salvar, economizando bateria. Além disso, é possível enfrentar personagens de outros jogadores em um simples modo multiplayer - nada demais, mas não deixa de ser uma opção extra.
No fim das contas, Golden Sun não tenta revolucionar o gênero, nem pretende oferecer algo inédito - mas resgata com perfeição tudo aquilo que fascinou os jogadores de outrora. E tudo isso exibindo alguns dos melhores gráficos e trilha sonora já vistos no Game Boy Advance.
Nota: 10 (Imperdível)
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