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Anitta ironiza moção de repúdio da Câmara dos Deputados: 'Como vou viver?'

Colaboração para Splash, em São Paulo

25/05/2024 14h55

A cantora Anitta ironizou a moção de repúdio de uma comissão da Câmara dos Deputados por conta do show da Madonna no Rio de Janeiro.

O que ela disse

Ela disse, em tom de ironia, que acordou "desolada e sem chão" por conta da notícia, nos stories do Instagram. Hoje eu acordei arrasada, desolada e sem chão. Sabe por quê? Estou muito mal, preocupadíssima. Isso acabou comigo. Como vou viver daqui em diante? Cadê o propósito da vida? Acabou. Estou arrasada".

Além de ironizar a moção, ela cobrou os parlamentares para continuarem ajudando o Rio Grande do Sul. "Agora, a galera está com tempo, não é? Essa galera está com um tempo. Fico impressionada com o tempo que essa galera tem para essas coisas. Em vez de gastar esse tempo ajudando as famílias do Rio Grande do Sul, agora que o assunto não está mais bombando e não é mais a trend da internet, vai começar a cair as ajudas. Vamos dispor do nosso tempo para isso? Vai dispor do tempo para isso, gente. Vai trabalhar. É um tempo para cada coisa que tira. Agora, se for para resolver um negócio sério, não tem esse tempo. Tudo demora [...] Vai arrumar o que fazer".

O que aconteceu

Parlamentares da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família aprovaram moção em votação simbólica, com oposição somente da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP). A moção de repúdio é apenas uma manifestação da Câmara, sem efeito prático.

A proposta foi assinada pelos deputados Allan Garcês (PP-MA), Chris Tonietto (PL-RJ), Clarissa Tércio (PP-PE), Cristiane Lopes (União-RO) e Julia Zanatta (PL-SC). Para eles, houve "vilipêndio à fé da maioria da população brasileira" e "conteúdo nocivo, de forte viés erótico".

Para os parlamentares, a artista debochou da religião cristã com símbolos satânicos. Ela também teria ofendido os "princípios morais da maioria da população brasileira" com conteúdo de "inspiração pornográfica".

Os deputados também repudiaram as cantoras Anitta e Pabllo Vittar, que participaram da apresentação, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o governador fluminense, Cláudio Castro (PL).

Show gratuito da Madonna em 4 de maio reuniu 1,6 milhão de pessoas na praia de Copacabana, segundo estimativa da empresa de turismo do município do Rio, a Riotur. O evento gerou mais de R$ 300 milhões em retorno para a economia do estado, de acordo com o governo estadual.

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