Como mega-assalto fez com que polícia brasileira ganhasse 'Oscar forense'

"DNA do Crime" é a nova série da Netflix e chega hoje à plataforma. Estrelada por Maeve Jinkings e Rômulo Braga, a produção brasileira retrata a história do caso real de assalto ocorrido na fronteira do Brasil com o Paraguai, em 2017. Até hoje, este é considerado um dos maiores roubos que já aconteceram no encontro dos dois países.

O que aconteceu?

No dia 24 de abril de 2017, 30 assaltantes armados com metralhadoras e granadas fizeram um assalto de grandes proporções, considerado um "mega-assalto".

Crime ocorreu em Ciudad del Este, no Paraguai.

Bandidos explodiram a sede da transportadora de valores Prosegur.

Foram incendiados 15 veículos.

Criminosos levaram cerca de R$ 120 milhões.

Um funcionário da transportadora e três suspeitos foram mortos durante a ação.

As casas próximas ao local foram destruídas.

A Polícia Nacional do Paraguai suspeitava que a autoria do crime tivesse sido do Primeiro Comando da Capital, o PCC.

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A dúvida nasceu da análise do modus operandi do assalto, pois era bastante parecido com o do PCC. O envolvimento não foi comprovado.

DNA

As polícias do Brasil e do Paraguai conseguiram resolver o caso por meio das análises de materiais genéticos recolhidos no local.

À época, era uma técnica pouco utilizada no Brasil, mas foi o suficiente para solucionar o caso e identificar os criminosos.

Foram testados mais de 450 materiais genéticos.

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A perícia comparou as amostras com o banco de DNA brasileiro, podendo assim comprovar a identidade dos assaltantes.

Oito brasileiros foram condenados por latrocínio, sequestro, cárcere privado, falsidade ideológica, roubo de veículo e uso de documentos falsos.

Polícia Federal recebeu o prêmio DNA Hit of the Year, uma espécie de Oscar da polícia forense, e que nunca havia sido concedido a uma equipe brasileira.

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