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Giulia Gam, de 'Mulheres Apaixonadas', deixou TV para cuidar de depressão

Giulia Gam foi elogiada pela atuação em "Mulheres Apaixonadas" em 2003 - Renato Rocha Miranda/Globo
Giulia Gam foi elogiada pela atuação em "Mulheres Apaixonadas" em 2003 Imagem: Renato Rocha Miranda/Globo

De Splash, no Rio

27/06/2023 12h00

Heloísa em "Mulheres Apaixonadas" (2003), Giulia Gam chamou atenção por interpretar uma personagem que tinha um ciúme excessivo do marido, interpretado por Marcello Antony, e que vai parar no Mada (Mulheres que Amam Demais Anônimas).

Após a trama de Manoel Carlos, Giulia Gam participou de outras tramas globais, mas precisou fazer uma pausa depois de "Boogie Oogie" (2014) para cuidar da saúde. Em conversa recente com Splash, ela contou que foi diagnosticada com depressão.

"Eu realmente tive uma depressão. Nessas horas, a gente tem que pedir ajuda médica. Muitas vezes, a gente não percebe que está tendo uma depressão porque ela se manifesta diferentemente para cada pessoa, mas você tem que procurar um terapeuta, um psiquiatra e superar. A cabeça e a alma da gente são muito complexas e sensíveis", disse Giulia Gam, em agosto do ano passado, a Splash.

Heloísa foi a personagem que mais marcou sua carreira, apesar de ela considerar que teve a chance de escolher projetos bacanas para interpretar, mas a personagem escrita por Maneco "bateu fundo nas mulheres"

"Elas [as mulheres] viram que aquilo é uma doença tratável. Sempre vieram falar comigo não só admirando a atriz, mas agradecidas por esse tema ter sido tocado."

Eu gostei muito das novelas que fiz e tenho saudades daquela adrenalina. Se um projeto é bacana, seja ele na televisão ou no teatro, não importa a linguagem.

Trajetória de sucesso

Natural de Perúgia, na Itália, Giulia cresceu em São Paulo e começou a atuar ainda na adolescência em uma companhia de teatro. Chegou à TV em 1986 para viver a protagonista de "Mandala" na primeira fase da trama.

Apesar de estar longe das novelas desde 2014, não significa que Giulia abandonou a arte. Pelo contrário, nesses oito anos, ela participou de produções teatrais e cinematográficas.

Eu fiz cinema, (o filme) 'O Auto da Boa Mentira', que a gente filmou no Uruguai. Eu fiz uma remontagem de uma peça que fez muito sucesso com a Monique Gardenberg, que é 'Os Sete Afluentes do Rio Ota', uma peça linda, um marco mesmo. E fiz um filme durante a pandemia, que se chamava "Quarteirão 666" (ainda em pós-produção). E depois da pandemia, não fiz nada. Eu assisti as peças e as lives das pessoas.

Giulia Gam em "Sangue Bom" (2013) - Divulgação/Globo - Divulgação/Globo
Giulia Gam em "Sangue Bom" (2013)
Imagem: Divulgação/Globo

Estou muito feliz porque estou me sentindo bem, estou com o coração em paz e desfrutando desse momento. Poder cuidar da minha saúde, fazer os meus exercícios, encontrar os meus amigos... Tenho recebido propostas de trabalhos, então, logo logo, eu apareço por aí", adiantou a atriz sem revelar detalhes.

Outro motivo que deixa Giulia feliz é a trajetória do filho, Theo, fruto do casamento com o ex-marido, Pedro Bial. O jovem de 24 anos lançou seu primeiro álbum, "Vertigem", no ano passado. Ela conta que sempre estimulou que o filho se interessasse pela arte.

Ele encontrou a paixão dele na música. E é tão dificil a gente encontrar uma paixão... Tentei estimulá-lo a ouvir todo tipo de música, assim como ler livros, assistir a filmes, ir a exposições. Ele até entrou em Filosofia porque queria escrever melhor seus textos e músicas. Ele está trilhando o caminho dele e tomara que ele faça uma bela jornada.