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Zoe, Constantino e mais: a lista de demitidos da JP desde a vitória de Lula

De Splash, em São Paulo

16/01/2023 17h41

A Jovem Pan demitiu hoje os comentaristas Zoe Martinez e Rodrigo Constantino.

Eles foram afastados após o MPF dar início a uma investigação da emissora por divulgação de informações falsas sobre as instituições públicas brasileiras e o potencial de incentivo aos atos golpistas que ocorreram no domingo passado (8) em Brasília.

Desde a vitória de Lula sobre Bolsonaro nas urnas em outubro, a Jovem Pan demitiu uma série de jornalistas e comentaristas.

Confira a lista completa:

Zoe Martinez e Rodrigo Constantino foram demitidos hoje. Ambos fizeram comentários que estão na mira da investigação do Ministério Público. O comentarista, em 14 de novembro de 2022, afirmou que os resultados das eleições do país são frutos de "um malabarismo do Supremo". Zoe Martinez defendeu que as Forças Armadas destituíssem os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em participação na emissora, em 21 de dezembro de 2022.

Caio Coppolla foi demitido no dia 31 de outubro, um dia após a derrota de Bolsonaro. Na época, de acordo com apuração do colunista de Splash Ricardo Feltrin, funcionários da emissora apontam vários possíveis motivos para a demissão do comentarista: desde um comportamento de "diva" a supostas acusações de uma ex-namorada.

Augusto Nunes. A demissão do comentarista foi anunciada no mesmo dia da de Caio Coppolla. De acordo com a emissora, uma cláusula de confidencialidade no contrato impede a divulgação de detalhes da demissão.

Guilherme Fiúza. Também demitido da emissora no dia 31, Fiúza apresentará um novo programa no canal do YouTube da Revista Oeste ao lado de Nunes e Ana Paula Henkel, que pediu desligamento da emissora em novembro.

Guga Noblat. Mais uma "vítima" das demissões do dia 31 de outubro, o ex-comentarista do "Morning Show" disse que o desligamento se deu por não defender a rádio na disputa contra o PT e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A emissora não comentou o assunto. Desde então, ele discutiu com Constantino nas redes sociais e disse que vê a Jovem Pan como um "acessório de Bolsonaro".

Carla Cecato também foi demitida no dia 31. De acordo com Feltrin, a jornalista foi demitida por telefone depois de voltar de uma licença para ser garota-propaganda de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais.

Maicon Mendes foi demitido no dia 1º de novembro. "Deixo a Emissora sabendo que Eu fiz o meu melhor. Fiz Jornalismo de verdade. Eu posso dizer que levei informação de qualidade pro telespectador, com verdade dos fatos, com apuração rigorosa, com checagem", publicou Maicon, ao anunciar a demissão.

Cristina Graeml anunciou demissão no dia 2 de novembro. No dia 31 de outubro, dois dias antes de anunciar seu desligamento, a jornalista disse que estava sendo "censurada" pela emissora. "É assim que tiranos agem, tentando calar quem não se curva às mentiras oficiais de um sistema aparelhado. Mas estarei logo mais ao vivo na Gazeta do Povo", escreveu.

Tutinha, dono da Jovem Pan, também renunciou à presidência do grupo. Além dos comentaristas e apresentadores demitidos, a emissora teve uma baixa na liderança. Tutinha, dono do grupo, renunciou à presidência na segunda-feira passada (9).