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Ludmila Dayer aborda tratamento em documentário produzido por Anitta

Ludmila Dayer escolheu fazer a maior parte do projeto sozinha, mas selecionou Fernanda Souza e Anitta para ajudá-la - Divulgação
Ludmila Dayer escolheu fazer a maior parte do projeto sozinha, mas selecionou Fernanda Souza e Anitta para ajudá-la Imagem: Divulgação

De Splash, em São Paulo

03/12/2022 16h00

O documentário "EU" foi roteirizado, produzido, dirigido e editado por Ludmila Dayer, e fala sobre os caminhos que a atriz encontrou para lidar com sua doença crônica. No entanto, em entrevista a Splash, ela afirma: o filme não é sobre ela.

"Apesar de 'EU' ser sobre o que eu passei, eu não sou o centro desse filme", conta. Ela entrevistou xamãs, neurocientistas e psicanalistas que a ajudaram a lidar com a própria saúde, e contou com ajuda de duas amigas: Anitta, como produtora associada, e Fernanda Souza, que além de produtora executiva também interpreta Ludmila.

Ludmila decidiu fazer o longa antes mesmo de receber o diagnóstico de esclerose múltipla. Na época, ela vivia com uma infecção crônica do vírus Epstein-Barr, que causa sintomas como fadiga, dores e irritação das membranas mucosas.

Ela conta que também sentiu sua saúde mental se deteriorando, e tinha crises de pânico e ansiedade "a ponto de parar de sair de casa, porque eu sempre tinha uma crise. É muito difícil explicar para as pessoas, o processo de pânico é muito solitário".

O diagnóstico de esclerose múltipla veio quando Ludmila estava editando a obra, e a obrigou a fazer uma pausa no trabalho. Ao retornar, percebeu que precisava se expor mais no longa: "Quando eu pude voltar a editar, o filme tinha outro significado".

Ela afirma que, no fim, o projeto também foi parte de seu tratamento: "O filme foi a base para mim quando eu recebi o diagnóstico, durante a fase de edição".

Anitta, que também tem uma doença crônica, diz a Splash que se identificou com a jornada da amiga: "Acredito muito no poder da mente para benefício do nosso corpo, do nosso espírito e para todos que estão ao redor também. Por isso acabei me identificando demais com toda a narrativa do documentário, que tem relatos pessoais, fala de ciência e também fala sobre alma. O nosso poder de cura tem muito a ver com todos esses elementos, na minha opinião".