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Malvino Salvador já explicou voto em Bolsonaro e se opôs a 'Lula Livre'

Malvino Salvador já falou sobre política em entrevistas - Reprodução/Instagram
Malvino Salvador já falou sobre política em entrevistas Imagem: Reprodução/Instagram

De Splash, em São Paulo

06/09/2022 12h33Atualizada em 06/09/2022 16h14

Malvino Salvador, de 46 anos, virou assunto ontem nas redes sociais ao expressar suas opiniões políticas em um podcast. Na entrevista, ele avaliou positivamente o governo de Jair Bolsonaro (PL) e teceu duras críticas ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, o galã reprovou o jornalismo da Rede Globo, emissora onde passou quinze anos atuando em novelas e outras produções.

No entanto, essa não foi a primeira vez que o ator se manifestou sobre política. Ele já havia "explicado" seu voto em Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018 e criticado o movimento Lula Livre.

Veja o que Malvino Salvador já falou sobre o assunto:

Defesa de Bolsonaro

Ontem, em entrevista ao podcast "Cara a Cara", apresentado por Rica Perrone, Malvino Salvador deu nota sete para Bolsonaro e avaliou o governo do atual presidente.

Bolsonaro tem boas intenções, mas faz algumas escolhas erradas, principalmente na forma de se comunicar. Nem todo governo é sempre assertivo ou errado. Acho que ele está sendo massacrado pela mídia de uma forma desonesta. Deveria ter espaço pra se mostrar também o que faz de bom. Malvino Salvador

"Mas tem erros ali também, como os ministérios, que deveriam ser melhores vistos; a cultura, que deveria ter um olhar diferenciado e não entrar em guerra. O Ministério da Educação também precisava ser diferente. Mas eu acho que ele tenta escolher seus quadros ali, quadros técnicos", afirmou o ator.

Ele disse ainda ter ficado irritado com Bolsonaro em alguns momentos, mas que avaliando agora, o saldo foi positivo: "Eu acho que em algumas ações [na pandemia], o Brasil surpreendeu."

Críticas ao jornalismo da Rede Globo

Na mesma atração, Malvino, ex-galã da Globo, fez críticas ao jornalismo da emissora.

"A Rede Globo tem uma história fantástica em relação a todo esse tempo que ela esteve [no ar]. O brasileiro foi crescendo assistindo às novelas e ao jornalismo do canal. Eu, hoje, tenho que admitir que eu ando um pouco decepcionado com o jornalismo. Eu falo de peito aberto: Eu acho que o jornalismo tem que isento. Não pode tomar lado de maneira alguma. Quem tem que formar a consciência é a pessoa, que tem que ter acesso aos dois lados da moeda. Eu não estou vendo isso, sinceramente", disse.

Ele ainda elogiou o entretenimento e a cobertura esportiva do canal, mas reforçou que não concorda com o "viés ideológico" dos jornais.

"Eu não tenho medo de dizer. A Globo é nota 10, mas eu acho que ela pode rever. Existem setores. Na parte da dramaturgia é brilhante, mas o jornalismo é que me decepcionou um pouco. Fico triste porque ela é uma das maiores emissoras do mundo. É um orgulho dizer isso. [...] Ela prima pela excelência, mas não tem que ter viés ideológico, principalmente no jornalismo. Tem que ter o máximo de isenção possível", afirmou.

Nota zero para Lula

Para o ex-presidente e atual candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Malvino deu nota zero.

"O cara teve tudo na mão pra transformar o Brasil, pra deixar esse país voando. Foi mais de uma década de, primeiro estagnação, e depois, atraso. Teve a oportunidade na mão e não fez. Péssimo exemplo", avaliou.

Voto pragmático em Bolsonaro

Em novembro de 2020, em entrevista à coluna Mônica Bergamo da Folha de S. Paulo, Malvino Salvador disse que votou em Bolsonaro de forma "pragmática" em 2018. Na ocasião, ele afirmou que ter votado em Bolsonaro não significava apoiá-lo.

"Não sou daquela coisa de me abster, votar em branco ou nulo. Acho que a gente precisa votar. O meu voto naquele momento foi um voto pragmático, foi uma escolha que eu fiz diante do que eu via, da minha insatisfação com quem poderia entrar no poder [PT]. Mas isso não quer dizer que eu apoie a outra pessoa [Bolsonaro]", afirmou.

"O extremismo e o populismo são, na minha opinião, muito ruins em todos os aspectos, seja de direita ou de esquerda. É preciso haver mais diálogo entre os líderes, diálogos mais saudáveis. Está virando tudo uma panfletagem política. Você não vê confronto de ideias, é um xingando o outro", avaliou.

Ele também comentou o pouco apoio do governo ao setor da cultura, do qual ele faz parte, e a "demonização" da Lei Rouanet.

"O que eu venho percebendo é uma tentativa de vilipendiar a cultura. Não entendem que é preciso haver fomento. É preciso se pensar na cultura como se pensa no agronegócio e em outras áreas importantes, é preciso injetar dinheiro. O que me angustia nesses últimos anos é perceber uma violência desmedida e descabida contra ela. Virou a Geni", lamentou.

É difícil as pessoas reconhecerem o quanto ela é importante para o país. A cultura é que faz a união e a identidade de um povo. A Lei Rouanet virou como se fosse uma coisa do diabo, onde as pessoas ganham dinheiro adoidado, e não é assim. A gente sabe que existem distorções, sim, é preciso corrigir, mas tem uma infinidade de gente que vive da cultura através de incentivos fiscais. Malvino Salvador

Apoio à Operação Lava-Jato

Em entrevista à Revista Quem, em 2019, Malvino Salvador reiterou seu apoio a Operação Lava-Jato.

"Acho que o país melhorou muito e houve uma grande revolução na questão da impunidade. Tem muita coisa a ser melhorada ainda porque há muita resistência. Quando você começa a incomodar poderosos, eles começam a agir, tanto no Congresso quanto na esfera jurídica. Ainda há resistência com os avanços que a Lava-Jato proporcionou ao país", opinou.

Ele, no entanto, reconheceu que a Operação se excedeu em alguns momentos:

"Ao mesmo tempo, também concordo que possam ter havido excessos que precisam ser revistos, mas isso não pode ser um instrumento para querer acabar com tudo o que foi conquistado e usar disso de subterfúgio para soltar pessoas que cometeram atos ilícitos. Todos têm que estar no mesmo nível e sofrer o que a lei impõe", disse.

Contra o movimento "Lula Livre"

Na mesma entrevista, Malvino definiu seu posicionamento como "nem esquerda, nem direita", mas se colocou contra o movimento a favor da soltura de Lula, que naquela época ainda estava preso.

Existe um problema que ainda é evidente e é um complicador, que é a polarização. Não sou de direita nem de esquerda. Mas sou completamente contra o movimento Lula Livre. Ao mesmo tempo, não sou a favor do radicalismo de direita de jeito algum. Não vejo hoje no Brasil ninguém com a capacidade de aglutinar ideias com um pouco mais de bom senso. Malvino Salvador

  • Ao Otalab, Malvino Salvador declarou que vê 'um lado' da classe artística que não se posiciona politicamente por 'medo de ser xingado'. Veja o trecho da entrevista: