12 mil remédios e autópsia em segredo: os mistérios da morte de Elvis
Fernanda Talarico
De Splash, em São Paulo
11/07/2022 04h00
Elvis Presley é um dos nomes mais conhecidos do mundo do entretenimento. Intitulado de Rei do Rock, o cantor se tornou mundialmente famoso ao apresentar um estilo de música e dança considerados transgressores para a sua época. Sua história será retratada em "Elvis", cinebiografia que chega nesta quinta-feira aos cinemas brasileiros.
Mesmo com tanto sucesso, sua fama vai além das canções, e o artista é também lembrado por ter uma morte envolta em mistérios.
Nascido em 8 de janeiro de 1935, Elvis nos deixou com apenas 42 anos, em 16 de agosto de 1977. Ele foi encontrado no banheiro de sua mansão, a Graceland, em Memphis, Tennessee. À época, foi reportado que ele apenas desmaiou no banheiro e morreu, sem mais esclarecimentos do que teria acontecido.
Para ajudar no clima de mistério, a autópsia do cantor foi colocada, por sua família, em segredo por 50 anos. Ou seja, até 2027 não será possível ter acesso às informações. Não se sabe ao certo o porquê do documento estar inacessível.
Médicos e imprensa que acompanhavam o desenrolar da morte do artista estranharam a pressa para o anúncio da causa do óbito: parada cardíaca e sem relação com abuso de entorpecentes. Segundo informações da Esquire, "parecia estar incompleto".
Elvis Presley foi enterrado no jardim de sua casa.
Uso de Drogas
Mesmo com o segredo, a análise do corpo revelou, à época, o uso de diferentes substâncias, como Dilaudid, Percodan, Demerol, Codeine e Quaaludes.
Em 1973, ano em que se divorciou de Priscilla Presley, Elvis passou três dias em coma depois de uma overdose. Naquela época, ele já não conseguia fazer os shows com a mesma empolgação e entusiasmo aos quais os fãs estavam acostumados.
Em entrevista ao The Mirror, o guitarrista John Wilkinson contou que "era óbvio que havia algo terrivelmente errado com o corpo". Ele comentou com o jornal sobre uma apresentação em que tocou com Elvis na Universidade de Maryland: "foi tão ruim que mal dava para entender a letra das músicas. [...] Ele mal conseguia começar as canções."
Um relatório, publicado pela revista People em 1980, revelou que nos 20 meses que antecederam sua morte foram prescritos 12 mil medicamentos. O médico que os indicou a Elvis, conhecido por Dr. Nick, teve a licença cassada e foram descobertos mais 19 pacientes que também receberam prescrições exageradas de remédios. Depois de alguns anos, conseguiu reverter o processo e voltou a exercer a medicina.
Ganho de Peso
Além do uso excessivo de remédios, Elvis Presley também enfrentou o aumento de peso; com 40 anos, ele chegou aos 160 kg. Ele ainda começou a se recusar a tomar banho, o que gerou algumas feridas em seu corpo.
Alguns dos documentos que foram revelados à época, apontaram que seu coração estava inchado. Ele também tinha enfisemas nos pulmões, e em seu intestino, foram encontradas fezes de pelo menos quatro meses.
Elvis está vivo?
Uma das teorias das conspirações mais difundida acredita que Elvis não morreu e está vivo. Logo depois da morte do cantor, fãs alegavam que o tinham visto, e uma mulher chegou a dizer que tinha recebido uma ligação do Rei do Rock.
Entre as diversas ideias mirabolantes de como ainda estaria vivo, uma diz que ele teria fugido para a Argentina, onde adotou o nome John Burrows.