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Solange Couto diz que perdeu papel em filme após recusar assédio de diretor

Solange Couto foi indicada por Antônio Pitanga para fazer o filme "Os Pastores da Noite" - Reprodução/Instagram
Solange Couto foi indicada por Antônio Pitanga para fazer o filme 'Os Pastores da Noite' Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para Splash

13/06/2022 11h29

A atriz Solange Couto, 64 anos, afirmou ter perdido um papel em um filme do diretor francês Marcel Camus (1912-1982) após reagir a um assédio do cineasta contra ela enquanto se submetia aos testes para atuar na produção.

Segundo Solange, tudo começou quando ela foi indicada pelo ator Antônio Pitanga, seu amigo pessoal, para atuar no longa-metragem "Otália de Bahia" (1976) - uma coprodução entre Brasil e França que, por aqui, recebeu o título de "Os Pastores da Noite", em referência à obra de Jorge Amado que o inspirou.

"Fiquei três meses ensaiando. [Durante os testes,] teve um dia em que o Marcel Camus falou para mim: 'senta aqui nessa janela'. Estava de shorts. Ele estava tirando foto e de repente veio e botou a mão [em Solange], do joelho para a parte [de cima]", relatou a atriz, em entrevista ao podcast "Papagaio Falante".

"Eu empurrei a mão dele. Aí ele tentou vir pelo interior da coxa! Empurrei a mão dele [de novo], olhei dentro da cara dele e falei: 'a próxima, eu dou na tua cara!' Aí ele falou: 'é por isso que você talvez não faça o filme'", acrescentou Solange, deixando de boca aberta os apresentadores da atração, Renato Rabelo e Sérgio Mallandro.

O fazer-se respeitar, porém, custou um preço alto à atriz, que descobriu ter ficado de fora do filme da pior forma possível. "No dia seguinte, cheguei para viajar para a Bahia [com o elenco e a produção, para o início das filmagens]. Quando eu cheguei com a mala, a recepcionista falou para mim: 'eles já foram'."

"Isso me custou dois meses de hospital. Eu fiquei mal. Depois de três meses de trabalho, fiquei estudando como é que fazia sotaque...", recordou ainda Solange.

Em caso de violência contra a mulher, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 180 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — a Central de Atendimento à Mulher, que funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008.

A denúncia também pode ser feita pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e a página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

Caso esteja se sentindo em risco, a vítima pode solicitar uma medida protetiva de urgência.