Monark diz se arrepender de ter pedido desculpas por declaração polêmica
O youtuber Bruno Aiub, o Monark, contou que se arrepende de ter pedido desculpas por ter defendido a criação de um partido nazista no Brasil no "Flow Podcast". Ele afirma que sua fala foi mal-interpretada e que, ao se desculpar, validou o discurso de cancelamento de que se considera vítima.
"Não foi inteligente da minha parte pedir desculpa. Acho que eu devia ter ficado quieto. Não devia ter pedido desculpa, devia ter explicado o meu ponto [de vista]. O problema de quando você pede desculpa é que você valida a narrativa de que você fez o que estavam te imputando, mesmo que não fosse verdade", declarou Monark, em entrevista a Rica Perrone no podcast "Cara a Tapa".
"Eu entendo que vacilei na forma em que eu me expressei, porque estava bêbado e, do jeito que falei, era muito fácil de ser interpretado de outra forma - ainda mais se você pega um corte filho da p*t*, que tira a parte em que eu falo que nazismo é do demônio, e é errado, que todo nazismo é idiota, e coloca só que os caras [nazistas] têm o direito de ser imbecis", acrescentou.
"Eu não pedi desculpa pela minha ideia, pelo que penso. Ainda acredito na primeira emenda dos Estados Unidos, ainda acho que é uma excelente lei que rege sobre liberdade de expressão, a melhor [lei] nesse sentido... Mas pedi desculpas pela forma como entreguei essa ideia para a população. Poderia ter expressado de uma forma melhor", esclareceu Monark.
Ele ainda aconselhou os espectadores do podcast a agirem diferente dele caso passem por uma situação similar. "Se você um dia passar por um cancelamento injusto, não peça desculpas. Porque, quando você mostra sangue para uma turma de tubarões raivosos do cancelamento, a única coisa que você vai fazer é aumentar o apetite deles."
Entenda o caso
As declarações controversas de Monark foram dadas em fevereiro deste ano, durante participação dos deputados federais Tábata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP) no "Flow Podcast", do qual o youtuber era um dos apresentadores - e deixou de ser após a repercussão negativa de seu discurso.
"A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu acho que tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei. As pessoas não têm o direito de serem idiotas? Se o cara quiser ser antijudeu, eu acho que ele deveria ter o direito de ser", disparou Monark na ocasião.
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