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Russas do Pussy Riot apoiam ucranianos e dizem que Putin as 'envergonha'

Nadya Tolokonnikova, cofundadora da banda Pussy Riot - Divulgação
Nadya Tolokonnikova, cofundadora da banda Pussy Riot Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/02/2022 19h09

A banda russa Pussy Riot declarou apoio ao povo ucraniano na guerra contra o país comandado por Vladimir Putin e irá arrecadar dinheiro para ajudar os afetados pelo conflito armado.

Ativista política e cofundadora do grupo opositor ao presidente russo, Nadya Tolokonnikova anunciou a criação de uma DAO — sigla em inglês para organização autônoma descentralizada — que irá vender NFTs da bandeira ucraniana.

"Nosso objetivo é arrecadar fundos para doar a organizações civis ucranianas que ajudam aqueles que sofrem com a guerra iniciada por Putin contra a Ucrânia", publicou o perfil da Pussy Riot no Twitter.

"Agora, que estou profundamente envergonhada por meu governo, eu simplesmente tenho de tentar ajudar os ucranianos", disse Tolokonnikova, ao site Decrypt.

Ela explicou que o uso da bandeira no NFT se dá "porque não se trata de nenhum artista ou estética específica — é sobre algo muito maior do que todos nós, é um puro gesto de solidariedade."

A DAO ucraniana, criada em parceria com a Trippy Labs e a PleasrDAO, quer vender 10 mil NFTs da bandeira do país cunhados na Ethereum. Todo o valor arrecadado será destinado para a Return Alive Foundation e a ONG Proliska.

Além disso, um NFT exclusivo, também da bandeira da Ucrânia, será lançado para permitir a participação de quem quiser doar grandes valores.

A banda feminista Pussy Riot virou desafeto do presidente russo em fevereiro de 2012 quando suas três integrantes fizeram uma performance no altar de uma catedral ortodoxa na Rússia com críticas a Putin.

Elas foram detidas semanas depois e condenadas a dois de prisão anos por "vandalismo motivado por ódio religioso". Posteriormente, acabaram sendo soltas, mas nunca deixaram de fazer protestos contra o governo russo.