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Filho de Shaolin expõe dificuldades com morte do pai: 'Lembro dele e choro'

Lucas Veloso falou sobre a dor do luto após a morte do pai, o humorista Shaolin  - Reprodução/Instagram
Lucas Veloso falou sobre a dor do luto após a morte do pai, o humorista Shaolin Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para Splash, em Maceió

10/02/2022 22h05

O ator e apresentador Lucas Veloso, de 25 anos, falou sobre o período de dificuldades que enfrentou após a morte de seu pai, o humorista Shaolin, que faleceu em janeiro de 2016 em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.

Durante participação em uma live na companhia do psiquiatra Ervin Cotrik e do medalhista olímpico Thiago Pereira, Veloso destacou que a saudade que sente do pai é algo que não passa.

Segundo contou, na época em que Shaolin morreu, ele passou a habitar dentro do personagem Lucas, ao qual ele dava vida na novela "Velho Chico" (2016), da TV Globo, como forma de aplacar as dores que sentia naquele momento.

Porém, quando o folhetim chegou ao fim, foi preciso reaprender a conviver consigo mesmo e, do mesmo modo, a lidar com o luto.

"Eu tinha 14 anos quando ele sofreu o acidente e 19 quando ele morreu. Eu tive que 'assumir' esse lugar de pai", iniciou, ao recordar o peso da responsabilidade que assumiu.

"[Na época] estava gravando, fui obrigado a pegar o tijolo que é o luto e engolir sem água e nem nada. E criei um personagem, um universo perfeito... Tudo ia bem e eu amava viver naquele universo do personagem. Eu passei a gostar mais dele do que de quando era eu. Eu falava como ele, comia como ele e isso me alimentou e me salvou por 14 meses, que foi o tempo que durou a novela. Depois, quando acabou, ninguém precisava mais do Lucas e eu fiquei só com ele, e eu precisava voltar a virar a chave, a ser eu", declarou.

Segundo Lucas Veloso, com o tempo foi possível aprender "a amar" essas dores e ressalta que, embora elas não tenham ido embora, ele conseguiu conviver com esses sentimentos.

"Isso sou eu, eu consegui amar essas dores, as minhas dores. Elas não foram embora, a saudade não vai embora, mas você aprende a conviver. A presença da saudade também é uma presença, então eu me permito sangrar em alguns momentos. Eu costumo beber em casa, ouço uma música, lembro dele e choro. Tenho uma ferida que nunca vai parar de sangrar, mas eu aprendi a amar ela", completou.