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Suspeito de ataque à sede do Porta dos Fundos tem extradição autorizada

Eduardo Fauzi está preso desde setembro de 2020 - Reprodução/YouTube
Eduardo Fauzi está preso desde setembro de 2020 Imagem: Reprodução/YouTube

De Splash, em São Paulo

13/01/2022 15h42

A Procuradoria Geral Russa autorizou a extradição de Eduardo Fauzi, suspeito do ataque com coquetel molotov à sede da produtora Porta dos Fundos. A informação foi confirmada à Splash pela defesa de Fauzi.

Depois da ação, ele fugiu para a Rússia, onde está preso desde setembro de 2020. Fauzi foi detido pela Interpol no Aeroporto Internacional de Koltsovo, a 1.786 quilômetros de Moscou.

A defesa dele, porém, "avalia a possibilidade de evitar a extradição, uma vez que sente receio de que o Eduardo, ao chegar ao Brasil, seja exibido como uma espécie de troféu por algumas autoridades brasileiras."

Cabe lembrar que no ano de 2021, um desembargador pediu vistas de um habeas corpus da defesa, que visava a retirada do crime de terrorismo. Esse habeas corpus terá o julgamento agora no mês de janeiro e a defesa está confiante de que, de fato, esse crime de terrorismo será retirado, devolvendo assim o processo à Justiça estadual. E que Fauzi responda pelo o que de fato corresponde a denúncia, ou seja, um crime de dano e de incêndio. Que esta denúncia e que este processo não fujam dos parâmetros legais e que não seja feito um show midiático por parte de algumas autoridades. Esperamos que, caso ocorra essa extradição, seja feita como é para qualquer, e não para que seja usada essa prisão a fim de uma promoção pessoal de algumas autoridades. diz o comunicado enviado à reportagem

Splash também tentou contato com a Polícia Civil do Rio de Janeiro e a embaixada da Rússia no Brasil, mas não obteve retorno até o momento da publicação desta nota. Assim que houver resposta, o texto será atualizado.

Relembre o caso

O atentado na sede do Porta dos Fundos, em Botafogo, na zona sul do Rio, aconteceu na véspera de Natal de 2019. Na ocasião, o grupo lançou um especial da data em que fazia uma releitura humorística da vida de Cristo na Netflix. Na gravação, Deus tinha um caráter de mentiroso e Jesus tinha um relacionamento homoafetivo.

O prédio foi alvo de bombas e chegou a ter um princípio de incêndio, que foi controlado.

Eduardo Fauzi foi reconhecido em uma das gravações de câmeras de segurança que captaram a ação. Ele teve mandado de prisão expedido pela Justiça, mas viajou para Moscou um dia antes. A Polícia Civil, então, pediu para incluir o nome dele na lista de foragidos da Interpol.