'A Mulher na Janela' é suspense esquecível, mas garante diversão
"A Mulher na Janela", suspense estrelado por Amy Adams que chegou ontem à Netflix, não é candidato a melhor filme do ano. Mas a performance da atriz e as reviravoltas da história divertem bastante quem, como a protagonista, está preso em casa.
'A Mulher na Janela'
Lançamento: 2021 Duração: 1h40 Pais: EUA Direção: Joe Wright Roteiro: Tracy LettsPontos Positivos
- A atuação afiada de Amy Adams
- A atmosfera claustrofóbica do filme
- É um bom passatempo
Pontos Negativos
- Conclusão apressada e anticlimática
- Coadjuvantes mal desenvolvidos
Veredito
Você não vai passar dias pensando em "A Mulher na Janela". Mas a atuação de Amy Adams e a trama cheia de pistas vão te deixar intrigado o suficiente para se divertir com a história.
Baseado no livro homônimo de A.J. Finn, "A Mulher na Janela" acompanha Anna Fox (Amy Adams), uma psicóloga infantil que vive confinada em casa, já que sofre de agorafobia, um transtorno de ansiedade que a impede de sair em público. Ela recebe visitas semanais de seu psiquiatra (vivido pelo roteirista do filme, Tracy Letts), e fala por telefone com a filha e o marido (Anthony Mackie).
Dentro de seu apartamento, Anna só tem a companhia de suas taças de vinho, seu gato e seus filmes antigos (parece até a gente, né?). Às vezes, ela conversa com o David (Wyatt Russell), seu inquilino. Mas as coisas mudam quando uma família se muda para a casa à frente, do outro lado da rua.
Pela janela, Anna conhece aos poucos os membros da família: Ethan (Fred Hechinger), o filho sensível e atormentado; Alistair (Gary Oldman), o pai rígido, e Jane (Julianne Moore), a mãe dona de uma presença ao mesmo tempo eletrizante e perturbadora.
Uma noite, de sua janela, Anna presencia um crime. Mas ela não é exatamente uma narradora confiável, o que complica a história.
O que vem a seguir, enquanto acompanhamos Anna, é interessante e muito intrigante de se assistir, especialmente pela atuação cheia de nuances de Amy Adams, que consegue captar bem a confusão e o desespero de sua personagem.
Contribui muito para isso também a direção de Joe Wright e a bela fotografia de Bruno Delbonnel, que conseguiram transformar o casarão nova-iorquino em que Anna mora num personagem com história própria. Assim, conferiram à trama um ar claustrofóbico que quem está do lado de cá da tela consegue entender muito melhor depois de um ano e meio em casa.
O filme escorrega, no entanto, ao desenvolver pouco seus coadjuvantes —o que não só é um desperdício de seus atores, como ainda prejudica o desenvolvimento da história em seu terceiro ato, tirando boa parte da tensão do filme. É provável que esse tenha sido um efeito colateral das refilmagens do longa, que tinha sua estreia original prevista para 2019.
No geral, porém, "A Mulher na Janela" consegue entregar uma trama intrigante o suficiente para divertir o espectador —especialmente aquele que gosta de caçar pistas escondidas pela história. Não é memorável, mas vale como passatempo.
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