Bolo podre é uma tradição no Pará e não precisa de forno. Prove a receita
Cíntia Marcucci
Colaboração para Nossa
15/07/2020 04h00
Nas festas juninas e nos cafés e docerias de Belém, o bolo podre brilha muito. A receita é mais uma daquelas que se passa de boca em boca, entre a família, e cada pessoa tem seu truque, tamanha sua tradição local.
O nome pode ser diferente, mas o quitute não é exclusivo da região: em alguns outros lugares do país é conhecido como cuscuz de tapioca e tem a vantagem de ser um doce fácil de fazer que não precisar ir ao forno, nem ao fogo.
A paraense Ana Carolina Trajano resolveu fazer uma receita que tivesse o seu jeito para publicar no Instagram, tudo por conta da memória afetiva que o prato lhe traz.
"Eu mesma nem gostava tanto, mas fui atrás de testes para deixar como eu gosto, um bolo molhadinho e com o sabor do coco fresco", conta ela que considera receitas apenas um norte para quem cozinha. "Você olha e encaixa aquilo adaptando para as suas necessidades, à sua rotina e às suas preferências."
Quanto mais fresco, melhor
Uma das dicas de Ana para que o bolo podre fique bem úmido e saboroso é usar o coco fresco, ralado na hora, e o leite de coco também caseiro. "Claro que dá para fazer com produtos industrializados, mas muda sabor e textura. E para otimizar o trabalho de fazer o leite e ralar o coco, dá para congelar ambos e ir usando conforme precisar", diz.
Seu canal no Instagram é uma maneira de compartilhar com os outros o que faz por hobby em casa. Ana gosta de cozinhar coisas que facilitem o dia a dia sem deixar de lado o sabor.
Ela diz que até arroz com ovo pode ser gostoso. Para ajudar nesse sentimento de conforto que a comida traz, ela investe em decorar e arrumar a mesa para servir também os olhos.
"Para mim, a mesa é um lugar de comunhão. É melhor ainda que seja agradável, não é?", conclui.