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Delivery se tornou insustentável quando consciência social bateu, diz chef

De Nossa

05/05/2020 13h22

A pandemia do novo coronavírus teve um impacto direto em diversos setores da economia, e os restaurantes não escaparam disso. Durante as medidas de isolamento social, diversos estabelecimentos precisaram se reinventar com sistemas de delivery, vouchers e até lives — nem sempre com sucesso.

Foi o que explicou hoje a chef Andressa Cabral, do Meza Bar no programa UOL Debate de hoje. Em pouco tempo de experiência no delivery, ela mudou os planos. "Nós fechamos (o bar) antes mesmo da obrigatoriedade, muito mais em respostas em uma consciência social. Mas ainda pensamos em como sobreviver em meio às portas fechadas. Pensamos em um aspecto de delivery, que teve um sucesso. Mudamos o cardápio, fizemos uma comida mais afetiva", disse.

No entanto, segundo Andressa, a necessidade de manter uma equipe na cozinha acabou fazendo com que o estabelecimento optasse por fechar provisoriamente as portas. "Isso (delivery) se tornou insustentável quando a consciência social bateu. Então a gente fechou as portas e assim estamos algumas semanas."

O programa de hoje reuniu ainda os chefs Janaína Rueda, do Bar da Dona Onça; Rodrigo Oliveira, dos bares Mocotó e Balaio; e Raphael Despirite, do restaurante Marcel e do projeto Fechado para Jantar; além de Paulo Solmucci Júnior, presidente-executivo da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). E a experiência de Andressa no Rio de Janeiro foi semelhante à de Janaína em São Paulo.

"Desde o início, fui e sou a favor do isolamento. Eu tentei o delivery, mas (...) tenho uma equipe e tenho que estar junto e vou estar arriscando a vida de todo mundo. Foi quando fizemos cinco dias de delivery e decidimos pagar e dar as férias coletivas a todos os funcionários. Eu tinha um caixa que me permitiu fazer isso. A gente sempre guardou um pouco de dinheiro para isso. Foi uma sorte, nunca imaginei fazer numa pandemia", relatou.

"Agora é ter paciência e esperar a natureza levar isso embora. Ela tem começo, um meio e vai ter fim. O problema é que a maioria do mundo todo, tirando países mais conscientes, tiveram discernimento de se isolar. O que me preocupa muito é a falta de educação dentro do nosso país e a ansiedade de ir para a rua e não esperar a natureza. Precisamos aprender a esperar as coisas no tempo certo."

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