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Mauro Cezar Pereira entrevista personagens de destaque do universo esportivo


Rodrigo Caetano: Galo precisa se recolocar como protagonista em competições

Do UOL, em São Paulo

06/05/2021 15h12

O Atlético-MG fez alto investimento desde a temporada passada na contratação de reforços visando a conquista de títulos importantes, o que não ocorreu em 2020 sob o comando de Jorge Sampaoli. Agora com o time dirigido por Cuca, a meta segue a mesma, ainda com jogadores tendo chegado há pouco tempo, mas com os mesmos objetivos, em especial no Campeonato Brasileiro, como afirma Rodrigo Caetano, diretor executivo de futebol do clube, em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do UOL.

Caetano afirma que a principal meta do Galo é a conquista do Brasileirão, que o clube venceu em 1971 e desde então não conseguiu ficar com a taça. Com o aporte financeiro de empresários ligados ao Atlético-MG, o título nacional e a campanha na Libertadores se tornam a necessidade em busca do protagonismo que nos últimos anos tem sido de Flamengo e Palmeiras no país.

"O nosso objetivo é realmente disputar o título brasileiro, da forma como foi disputado em 2020, mas óbvio que agora com a possibilidade de conquista, eu te diria também que nas copas chegar o mais longe possível, no mínimo em semifinal, quem sabe até em final. O Galo precisa se recolocar realmente como protagonista nas competições, se você for lembrar, em 2020 infelizmente saiu muito cedo na Copa do Brasil e isso ficou marcado aqui no clube, bem como também depois na Sul-Americana, e agora retornando à Copa Libertadores", afirma Caetano.

"A disputa de Libertadores é algo que tem que se fazer presente no calendário do Galo daqui para sempre, não podemos imaginar o nível de investimento, o investimento em infraestrutura, com a Arena MRV, se não tiver o Atlético-MG disputando as grandes competições. E você sabe melhor do que ninguém que hoje também parte da premiação, principalmente dos contratos de televisão, eles vêm conforme o desempenho esportivo, então, por tudo isso, nós precisamos estar entre os primeiros", completa.

Com um elenco numeroso e de jogadores já bem reconhecidos no mercado brasileiro e até internacional, com nomes como Hulk e Nacho Fernández, Caetano afirma que o Galo tem condições de jogar em alto nível sem a necessidade de poupar jogadores para uma competição específica, desde que todos estejam em suas melhores condições de jogo.

"É claro que o Campeonato Brasileiro por ser 38 rodadas e ele inicia depois, ele em alguns momentos, tomara Deus que a gente não tenha que priorizar nada, nós temos um elenco hoje de bom nível e até de boa quantidade, então o que vai depender é se nós vamos conseguir suportar realmente, se nós não vamos ter nenhuma perda no decorrer dessa caminhada, mas foi montado, não agora, mas ao longo de 2020 e também agora em 2021, um elenco que suportasse essas competições", afirma Caetano.

"Mas esse desejo, ele é desejo externo, do torcedor, óbvio, e interno também, é algo que o Galo precisa conquistar, se não for esse ano, ano que vem, mas nós temos que estar no topo, a gente só vai bater campeão se nós estivermos no topo e a gente sabe que a responsabilidade é gigante, é grande, mas a gente, o início é a Libertadores, nós temos como nossa meta, o objetivo aqui de curto prazo é classificar e classificar em primeiro no nosso grupo, e depois vamos ver como é que se apresentam aí os confrontos de mata-mata", completa.

Com a inauguração de seu estádio prevista para 2022, a conquista de um título e a manutenção em competições como a Libertadores são apontadas como fundamentais para o ciclo atual vivido pelo clube, segundo Rodrigo Caetano.

"Tomara que a gente consiga um encaixe aí no time, conquistar um título importante que eu tenho certeza que o nosso torcedor tem esse anseio e por tudo aquilo que a gente projeta também para o ano que vem, poder inaugurar a nossa casa, tomara Deus passada essa pandemia, e aí realmente com uma equipe que possa novamente atrair o nosso torcedor para dentro da nossa nova casa que teremos no ano que vem", conclui.

O dirigente também explica a situação recente entre Hulk e Cuca, a saída de Jorge Sampaoli e o legado deixado pelo argentino, o aporte financeiro de empresários, os motivos da contratação de Cuca, a postura no mercado da bola este ano e a dificuldade de manter técnicos estrangeiros no futebol brasileiro atual.

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