Roger Machado: Podemos sonhar sim em sermos campeões na Libertadores
O Fluminense estreia hoje, às 19h, na Libertadores em jogo diante do River Plate, em seu retorno à competição após oito anos, com o time comandado pelo técnico Roger Machado, que estava em campo na melhor campanha do clube tricolor até hoje, o vice-campeonato de 2008. Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, o treinador fala sobre a volta às Laranjeiras e o que o torcedor pode esperar do clube na busca pelo título continental inédito.
Roger ressalta que o Fluminense está em um grupo forte, que além do River Plate tem os colombianos Junior Barranquilla e Independiente Santa Fe, mas ressalta a força do tricolor carioca, o formato da competição e vê condições de entrar na disputa pensando não apenas numa boa participação, mas em conquista.
"A realidade de todo clube grande é sempre vencer competições importantes como a Libertadores. O clube no ano passado começou o campeonato [Brasileiro] e terminou de uma forma muito bem, de uma forma brilhante, conseguindo a vaga direta para a Libertadores, o que anima o nosso torcedor e nos dá a possibilidade de poder pensar grande na competição. Nós caímos em um grupo muito forte e uma das equipes fortes somos nós", diz Roger.
"Sabemos que a Libertadores é uma competição distinta, ela tem uma fase classificatória, depois a eliminatória, diferente do Campeonato Brasileiro, que são 38 jogos, então é possível sim que o andamento da competição, que a gente consiga manter um nível de jogo forte, entendendo a característica da competição, nós possamos sonhar sim em ser campeões", completa.
O treinador que teve a melhor campanha da fase de grupos da Libertadores com o Atlético-MG em 2017 e com o Palmeiras em 2018, ressalta que o Fluminense poderá se beneficiar de confrontos mais difíceis em sua participação inicial caso ele consiga avançar até o mata-mata, o que fez em suas quatro participações mais recentes, em 2008, quando foi vice, 2011, quando parou nas oitavas e em 2012 e 2013, quando foi até as quartas de final.
"Vai ser o jogo a jogo que vai nos dizer, vai ser a nossa produtividade, vai ser a forma como nós vamos encarar os nossos adversários dentro de esse grupo forte", completa. Estando em um grupo forte e conseguindo performar bem dentro desse grupo, a gente sabe que nos capacita para as outras fases da competição", diz Roger.
Duelos com Gallardo e a adaptação a diferentes estilos
O principal adversário do Fluminense na fase de grupos da Libertadores é justamente o River Plate, que foi um dos protagonistas da competição, chegando a cinco das últimas seis semifinais, com os títulos de 2015 e 2018 sob o comando de Marcelo Gallardo. Roger Machado analisa os duelos que terá pela frente com o clube argentino e a importância que confrontos como estes da Libertadores têm para o seu próprio desenvolvimento como profissional.
"É um técnico que com cinco anos à frente de uma equipe grande sul-americana e que a estrutura do trabalho já consolidada faz com que, ao perder uma peça, a reposição por ela não afete tanto a estrutura montada", diz Roger.
"Para mim é um prazer sempre jogar contra as equipes sul-americanas por esses dois motivos, você enfrentar treinadores com estilos diferentes, que isso só vai enriquecer a minha carreira e também com escolas diferentes relacionadas à cultura, relacionadas ao futebol. Você vai pegar escolas mais de força, escolas mais de transição, escolas mais de jogo apoiado, isso tudo faz com que tu tenha que ter a capacidade e flexibilidade para se adaptar a esse processo, que às vezes é de uma semana para a outra", completa
Relação pessoal com o Fluminense e volta após 13 anos
Roger Machado foi jogador do Fluminense já na fase final de sua carreira e na atual temporada retorna como técnico depois de passagens por Grêmio, Atlético-MG, Palmeiras e Bahia, e ele tem uma relação pessoal forte com o clube, que busca retomar nesta nova passagem.
"Foram três anos da minha vida pessoal e profissional no Rio de Janeiro, a ligação de fato é grande com o clube, eu tenho uma filha, a minha filha mais nova, a Gabriela, ela é carioca e depois desses três anos que foi o último ano em que eu joguei como jogador de futebol profissional, retornar 13 anos depois para um lugar onde eu deixei muitas lembranças, muitos amigos, foi muito especial", diz o treinador.
"Principalmente pelo desejo de continuar construindo uma história no clube, de disputar novamente uma Libertadores pelo clube, que em 2008 nós perdemos na final, e poder ajudar o clube a continuar essa história de grandes conquistas nesse momento que o clube passa", conclui.
O Dividida vai ao ar às quintas-feiras, às 14h, sempre com transmissão em vídeo pela home do UOL e no canal do UOL Esporte no Youtube. Você também pode ouvir o Dividida no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e Amazon Music.
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