Pequim liga alerta contra a covid-19 faltando 100 dias para Jogos de Inverno
Apesar da pequena escala do surto - são 643 casos ativos em todo o território chinês -, as autoridades de Pequim já recomendaram à população que reduzam as viagens e proibiu o acesso à capital de pessoas que estiveram recentemente em áreas onde foram detectados casos.
Nesta semana, os organizadores da Maratona de Pequim suspenderam a edição deste ano da competição, originalmente marcada para acontecer no próximo domingo, "para evitar a disseminação do coronavírus".
A capital, que ontem teve a notificação de 28 casos ativos, quer controlar a pandemia nos 100 dias que antecedem os Jogos, que tornarão Pequim a primeira cidade do mundo a receber a Olimpíada de Verão (em 2008) e de Inverno.
As autoridades querem evitar a todo custo um surto em grande escala e aplicar com rigor a já usual política chinesa de tolerância zero contra a covid-19.
Na chegada, atletas e jornalistas devem permanecer durante sua estadia na capital chinesa em um circuito fechado onde deverão ocorrer todas as suas atividades, e aderir às medidas preventivas. Atletas que não respeitarem as regras correrão risco de desclassificação ou expulsão, anunciou hoje o comitê local.
No mês passado, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a organização dos Jogos de Inverno anunciaram medidas preventivas para o evento, incluindo uma quarentena de 21 dias antes para atletas não vacinados e a não autorização de público vindo do exterior.
No âmbito político, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução em julho, pedindo um "boicote diplomático" aos Jogos de Pequim por "abusos dos direitos humanos".
No entanto, o vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional, John Coates, disse neste mês que a entidade "não tem capacidade de ir a um país e dizer o que fazer".
O comentário do dirigente que foi avaliado positivamente pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian., que disse que o país se oporá a "politização do esporte e organizará Jogos magníficos e seguros" para o mundo. EFE
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