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Campeão do TUF Brasil reclama de poucas lutas no UFC: 'Muita gente parada'

Reginaldo foi campeão do TUF Brasil peso-galo (61 kg) - Rigel Salazar/Ag Fight
Reginaldo foi campeão do TUF Brasil peso-galo (61 kg) Imagem: Rigel Salazar/Ag Fight

16/02/2017 16h13

Sem entrar no octógono desde julho do ano passado, quando foi finalizado por Marco Beltran, Reginaldo Vieira voltará ao palco do maior torneio de MMA do mundo neste domingo (19), quando enfrentará o estreante Aiemann Zahabi no UFC Fight Night 105, no Canadá. Será apenas a segunda vez que o paulista atuará pelo Ultimate desde que venceu o TUF Brasil 4, em agosto de 2015. Mas por que tão pouca atividade?

Nem mesmo o próprio Reginaldo tem resposta para essa pergunta. Em conversa com a Ag. Fight, o atleta de 34 anos revelou que durante todo o período pós-TUF se dedicou exclusivamente ao MMA e não teve grandes lesões. O brasileiro não entende o motivo pelo qual o UFC tem deixado seu nome de lado nas escolhas para montar cards desde então.

“Também gostaria de saber (porque não lutou mais). Depois que ganhei o TUF continuei treinando e não tive lesão séria. Estava até comentando com o Viscardi , é um problema que o UFC tem porque tem muita gente há muito tempo parado. Outros atletas também reclamam que estão há muito tempo sem lutar. Os brasileiros quase não estão tendo oportunidade. Não tenho opinião sobre se é só os brasileiros. Sei que estou sempre esperando e ninguém aparece. Mas estou na batalha”, disse o paulista.

Sem lutar constantemente, Reginaldo Vieira também apontou para outro problema corriqueiro na vida de atletas de MMA menos famosos: a falta de patrocinadores.

“Nem todos querem patrocinar atleta que não luta. Não estou dando aula desde que ganhei o TUF e fico em virtude do UFC. Alguns patrocinadores vêm e saem”, lamentou.

Falando sobre sua próxima luta, o brasileiro espera que a pressão esteja do lado do seu oponente por lutar em casa. Ainda assim, ele sabe que o triunfo poderá tirar um grande peso de suas costas, já que na única vez em que subiu no octógono após o TUF Reginaldo saiu derrotado.

“A pressão é mais para ele do que para mim, porque ele está no país dele. Independente de estar estreando ou não. Não estou me importando para a pressão, me preparei psicologicamente. Ganhando essa luta tiro um peso das costas. Trabalho muito a parte psicológica. Não tem muito mistério, é enfiar a mão na cara do adversário e ter força de vontade”, concluiu.

Por fim, o atleta que detém um cartel de 13 vitórias e quatro derrotas mandou um recado claro aos organizadores do Ultimate: “Pretendo lutar mais vezes. Se quiserem me colocar daqui uma semana eu pego. Sou dessa forma”, encerrou.