Djokovic é tetra no US Open e iguala maior recorde nas simples com 24º slam

Depois de uma atuação soberba na final do US Open e uma vitória por 6/3, 7/6(5) e 6/3 sobre Daniil Medvedev, é possível cravar: ninguém, na história do tênis, tem mais títulos de slam em simples do que Novak Djokovic. Com a vitória deste domingo, o sérvio de 36 anos conquistou o torneio americano pela quarta vez na carreira e igualou a marca de 24 troféus de slam em simples, que até alguns minutos atrás pertencia de forma isolada à australiana Margaret Court.

O sérvio também se tornou o tenista mais velho a conquistar o US Open na Era Aberta (a partir de 1968), ultrapassando o australiano Ken Rosewall, que venceu o torneio americano com 35 anos em 1970. E, para coroar seu grande momento, Djokovic voltará ao posto de número 1 do mundo nesta segunda-feira, 11 de setembro, quando a ATP divulgar seu ranking atualizado.

Como aconteceu

Tática e tecnicamente, Djokovic foi impecável no primeiro set. Ganhou a maioria das trocas de bola longas, devolveu bem os saques de Medvedev e foi preciso quando buscou as linhas. O russo, diferentemente, pagou paro por um início ruim. Logo no primeiro game, cometeu dois erros não forçados, uma dupla falta e cedeu uma quebra. E foi a quebra que Nole levou como vantagem até fechar a parcial em 6/3.


Com Medvedev sacando melhor e mais agressivo do fundo de quadra, o segundo set foi mais equilibrado. Djokovic teve uma queda física após perder um rali de 31 bolas e finalmente teve o saque ameaçado no oitavo game, mas se salvou com um bate-pronto espetacular (veja acima) e confirmou o serviço. Mais tarde, no 12º game, Djokovic cometeu um par de duplas faltas e cedeu até um set point, mas novamente se salvou indo à rede. O set só foi decidido em um nervoso tie-break. Djokovic esteve atrás com 4/5 no game, mas venceu um rali com seguidas esquerdas cruzadas e alcançou um set point após um saque-e-voleio eficiente. No ponto seguinte, Medvedev mandou uma esquerda na rede, o que definiu a parcial em 7/6(5) para o número 2 do mundo.

Após uma pausa para ir ao banheiro, Djokovic voltou melhor fisicamente para o terceiro set, enquanto Medvedev, que pediu atendimento médico no braço esquerdo durante o intervalo, parecia sem ânimo. Os dois tenistas trocaram quebras no quarto e quinto games, mas quando Nole voltou a quebrar o russo no sexto game, praticamente decidiu a partida. Depois disso, o veterano confirmou o saque para abrir 5/2 e quebrou o russo para fechar a conta.

Homenagem a Kobe

Para festejar o slam de número 24, Djokovic prestou uma homenagem a Kobe Bryant, que vestia a camisa 24 na NBA. O sérvio vestiu uma camisa com os dizeres "Mamba Forever" na frente, ao redor de uma foto da lenda do basquete, e o número 24 nas costas.

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Em números

Djokovic conseguiu o que Serena tentou por alguns anos e jamais alcançou: o 24º slam. Ele agora se iguala a Margaret Court como o maior vencedor de slams em simples da história. Atrás deles vêm Serena Williams (23), Rafael Nadal e Steffi Graf (22 cada) e Roger Federer (20).

Com 36 anos e três meses de idade, Nole é o terceiro tenista mais velho a conquistar um slam. Os líderes desta lista são o australiano Ken Rosewall (Australian Open/72 aos 37 anos e Australian Open/71 com 36 anos e 4 meses) e Roger Federer (Australian Open/18 com 36 anos e 6 meses)

O que Djokovic disse

Sobre o recorde de 24 slams:

"É difícil descrever com palavras. Eu tinha um sonho de criança aos 7-8 anos. Eu queria me tornar o melhor do mundo e conquistar o troféu de Wimbledon. Era a única coisa que eu queria. Mas depois, quando, tive novos sonhos e estabeleci novas metas, nunca pensei que estaria aqui falando sobre 24 Grand Slams. Nunca pensei que essa seria a realidade, mas, nos últimos anos, achei que tinha uma chance de fazer história, e por que não aproveitá-la se ela estava ali?"

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Sobre a homenagem a Kobe Bryant

"Kobe era um amigo próximo, conversávamos muito sobre a mentalidade de vencedor. Quando eu tive problemas com uma lesão e estava tentando voltar ao topo do tênis, ele era uma das pessoas em quem eu mais confiava. Ele estava sempre disponível para me dar qualquer tipo de conselho e apoio da maneira mais amigável possível. Então quando ele e sua filha morreram, alguns anos atrás, isso me machucou profundamente. E pensei '24 é o número que ele vestiu quando se tornou uma lenda dos Lakers e pode ser algo belo e simbólico para homenageá-lo."

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Diferentemente do que foi informado, as quebras no terceiro set foram no quarto e quinto games. O erro já foi corrigido.

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