Bruno Vicari exalta ligação com filhas fãs de futebol e Abel Ferreira

Trabalhar com futebol é o sonho de muitas pessoas, assim como conseguir compartilhar o paixão pelo seu time do coração com os filhos. Bruno Vicari, jornalista e apresentador da ESPN, teve sucesso nas duas coisas.

Pai de Stella, 10, e Vitória, 15, ele divide com as filhas o amor pelo esporte e pelo Palmeiras: torcendo, praticando ou inspirando-as profissionalmente.

Elas falam que vão ser jornalistas. A Stella é mais espontânea, mais extrovertida, já a Vitória é mais quieta, mas, sem dúvida, é mais pensativa.Elas podem ter um futuro grande. E acho que todo pai é espelho pro filho, então eu sinto muito orgulho de ver elas falando que querem seguir.

Ligação com o esporte

Essa paixão pelo esporte não é mérito só de Bruno. O apresentador é casado com Simone Manocchio, jornalista, professora de Educação Física e apaixonada pelo Palmeiras. Era com ela que as meninas assistiam aos jogos do time, enquanto ele precisava viajar a trabalho.

"É uma relação muito delas, mas tem essa parte da relação com o pai, e para elas há uma similaridade no caso de eu trabalhar com o futebol", contou Bruno, que sempre que pode leva as meninas para acompanhá-lo em jogos, premiações e entrevistas.

Um dos momentos mais marcantes do jornalista com as filhas foi quando elas o acompanharam no Prêmio Bola de Prata da ESPN. Além delas poderem ver o pai apresentando o evento, elas puderam conhecer muitos jogadores do Palmeiras e de outros clubes. "Às vezes, o futebol ajuda a formar o seu caráter e eu acho que o delas foi formado ali. Foi muito importante para elas", reflete o apresentador.

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Eu acho que foi um dia marcante, porque elas realizaram sonhos de conhecer os jogadores do Palmeiras. Mas elas estiveram perto de jogadores ídolos de outros times. Como o Cano, como o Cássio. E eles foram super respeitosos com elas.

Além de acompanharem e torcerem, as meninas também são incentivadas pelos pais a praticarem esportes. Vitória sempre jogou futebol e handebol na escola, mas agora tem focado mais nos estudos. Stella segue os passos da irmã e também pratica as modalidades e partiu dela a iniciativa de montar um time feminino de futebol na escola. A caçula, inclusive, gosta de praticar com o pai pois "aprende mais".

Perdida nos arredores do Allianz?

Stella ficou conhecida nas redes sociais após um vídeo dela "perdida" do pai, na festa palmeirense da conquista do Campeonato Brasileiro em 2022, viralizar. Mas, tudo não passou de uma brincadeira entre a jovem e Eduardo Meneses, repórter da ESPN, que cobria a festa.

"Ela falou, 'o Edu está ali, ele estava na TV, eu vou lá falar com ele'. Logo, ele começou a entrevistá-la. E foi engraçado aquilo ali que eles fizeram. Então, não é que ela estava, de fato, perdida ali. Não estava, eu sou um pai responsável, estava próximo dali, estava vendo", explica Bruno.

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"Palestra" de Abel

Essa não foi a primeira vez que as filhas do jornalista viralizaram na mídia. Após o Palmeiras conquistar o título da Supercopa, Bruno compartilhou um vídeo delas celebrando a conquista. Vitória aparece com o livro de Abel e pergunta ao pai "você tem um minutinho para ouvir a palavra do senhor?", enquanto a caçula corre pela sala, provocando a torcida adversária - e sendo repreendida pelo pai.

O que as meninas não imaginavam é que esse vídeo chegaria ao técnico Abel Ferreira.

Meses após a conquista, a família Vicari foi assistir a um jogo no Allianz, e quando o português soube que elas estavam lá, pediu para conhecê-las, o que foi prontamente atendido.

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"O Abel conheceu elas e assim que as viu ele já começou a dar risada. Brincando, falou: 'pô, vocês comemoraram. Mas você, né?' Falou para a Stella pequenininha, 'você tem que ouvir o que seu pai fala, que não pode desrespeitar o adversário'", relembra Bruno.

Depois, Abel ainda convidou a duplinha para assistir a um treino e verem que é preciso muito esforço e trabalho dos jogadores, para a equipe conquistar títulos e fez um paralelo com a vida de estudante das meninas: 'Não é você chegar e achar que na prova da sua escola você vai bem, porque, tipo, no dia da prova, você sabe de tudo. E dia a dia, todas as semanas, você tem que estudar'.

Família Alviverde

O amor pelo Palmeiras é de toda a família, tanto do lado do jornalista quanto de Simone, todos são palmeirenses e estão sempre "na mesma vibração".

A única coisa que acaba com essa harmonia alviverde, são as discussões envolvendo o próprio time. "Quem é melhor, quem é maior, o Felipão ou o Abel? O Dudu jogou mais que o Edmundo. É esse o tipo de briga que às vezes dá", conta o apresentador.

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O tema "ídolo do Palmeiras", por exemplo, é um dos que rende discussões na família de Vicari. Para Stella, Raphael Veiga é o grande ídolo do clube. Ela, inclusive, se emocionou ao entrar com ele em campo na partida contra o São Paulo, pelo Campeonato Paulista, em janeiro. Já Vitória, mais velha, admira jogadores de personalidade, e por isso tem Gustavo Gomez como seu favorito. Já a mãe, que viu muitas fases do Palmeiras, escolhe Dudu, pois enxerga nele, Edmundo, seu grande ídolo.

Ida ao Estádio e rituais de jogo

Desde que Vitória e Stella eram pequenas, Bruno e Simone têm o hábito de levarem-nas ao estádio. Agora que cresceram, o pedido para ir aos jogos é feito semanalmente pelas meninas, mas Bruno conta que elas normalmente não vão aos jogos que começam às 21h30, pois ele e a esposa não querem prejudicar o estudo delas, que estudam de manhã e acordam cedo. Elas acabam assistindo às partidas em casa e o fato de morarem perto do Allianz, permite que a família receba spoilers.

O jornalista considera os estádios atuais bem mais seguros para frequentar com a família e disse que as filhas ficaram surpresas ao descobrir que antigamente, em clássicos, havia torcida dos dois times.

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Para assistir aos jogos a única que tem uma superstição é Stella. Inclusive, no vídeo de comemoração da Supercopa ela aparece vestindo duas camisas do Palmeiras, pois acredita que vai dar sorte.

Ela acha que tem que estar com duas camisas no jogo. Quando a gente vai, ela fica 'porque, olha, da outra vez a gente passou aqui e deu certo; não, a gente tem que subir pelo outro lugar'

Essa superstição da caçula não foi herdada do pai, que por causa da profissão assiste aos jogos de forma mais profissional e mesmo quando vai aos jogos com as filhas, prefere ficar um pouco mais de lado, analisando e prestando atenção, para poder embasar melhor seus comentários sobre a partida.

Na vitória e na derrota

Além de ensinar as filhas a respeitarem os adversários, Bruno tem a missão de ensinar que no esporte, é preciso saber perder.
Stella, por exemplo, tem apenas 10 anos e começou a entender e acompanhar melhor o futebol há cerca de três anos, período que corresponde a 'Era Abel' - que faturou oito títulos para o clube - então as frustrações não foram muitas.

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Simone explica para as meninas que não será sempre assim e que isso é uma fase, que uma hora irá acabar. As meninas respondem bem-humoradas: 'mãe, deixa de ser chata, não corta o nosso barato".

Apesar da brincadeira, elas já entenderam e também viveram algumas frustrações. Quando a derrota acontece, os pais reforçam para as filhas: "não chorem, esquece, semana que vem tem outro jogo e deixa pra lá". O casal não deixa que as derrotas afetem o dia-a-dia delas, e mostra que existem coisas mais importantes e que futebol, é só futebol.

Como elas praticam esporte, eles também conversam com elas para que seja uma diversão e não uma cobrança com alta pressão.

Paternidade e jornalismo

Vitória e Stella cresceram vendo o pai trabalhando na TV, cobrindo grandes eventos e precisando se ausentar por um tempo. Para Bruno, essa foi a parte mais difícil: a distância. Mas, as filhas sempre apoiaram a carreira do pai e torcem para que ele esteja conquistando grandes coisas em sua carreira.

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Simone, por também ser jornalista, entende bem os ofícios da profissão e consegue passar bem para as filhas a necessidade do pai ficar ausente por um tempo, e que as conquistas não são apenas dele, mas da família também. Agora que Bruno se tornou apresentador, a distância de casa diminuiu e ele consegue estar mais perto das meninas.

Às vezes a gente contando as histórias aqui, acha que só tem o lado bom da história. E eu já vivi muito o lado ruim, que é essa coisa de estar distante, pagar o preço.

Conselho aos pais

E para os pais que têm filhas e que gostam de esporte, Bruno deixa um conselho: curtam cada momento.

Elas têm muita sensibilidade para ver as coisas, para curtir o jogo com carinho, como tem que ser curtido. Então, é curtir cada momento, respeitar as escolhas delas. Não precisa forçar, a gente não força nada, a gente quer que elas curtam. E desfrutem das conquistas diárias delas, porque a Stella todo dia vinha: 'eu fiz um gol',' hoje eu fiz três embaixadinhas', e para ela, cada conquista é importante. Então, é isso, aproveitar.

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