Ele planejou tudo sozinho, fez tudo sozinho, convidou todo mundo. Foi uma festa linda, pena que era a despedida e eu não sabia. Foi a grande despedida."
Em dezembro de 2010, William Morais, que havia acabado de surgir para o futebol brasileiro com a camisa do Corinthians, fez uma surpresa no aniversário da mãe, Cris Oliveira, e organizou uma festa na casa que havia comprado para ela, em Osasco. Era um sonho de infância.
Em fevereiro do ano seguinte, só dois meses depois, após uma confraternização com o elenco do América-MG, clube no qual era recém-chegado por empréstimo, o jogador levou um tiro nas costas e morreu — tinha só 19 anos. Informações indicam que o jovem teria reagido a um assalto.
O adeus ao meio-campista foi um choque para família e amigos, e abalou também quem conviveu com ele no mundo do futebol. Ex-companheiro no Corinthians, Ronaldo Fenômeno foi um dos nomes que externou a indignação com o episódio.
"Dor e a revolta pelo assassinato do William Morais, um menino de 19 anos, cheio de talento. Sei que não resolve nada, mas meu abraço solidário aos pais, amigos e familiares dele", escreveu o ídolo à época, em uma rede social.
Pouco mais de uma década depois, o UOL Esporte relembra a trajetória de William Morais e sua morte precoce, através das memórias de quem acompanhou de perto a curta vida do menino paulistano.