Ex-árbitros detonam Seneme após CBF considerar gol do Vasco bem anulado

O gol anulado de Paulinho, do Vasco, durante partida contra o Palmeiras no último domingo (27), continua a gerar polêmica.

O que aconteceu

Ex-árbitros não se convenceram pela análise de Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. Ele concluiu que o VAR atuou corretamente ao anular o gol que abriria o placar a favor do Vasco.

Arnaldo Cezar Coelho criticou as justificativas de Seneme para aprovar o trabalho da equipe de arbitragem no lance. "Está explicada a incompetência de determinados árbitros, seus comandantes são piores", publicou o juiz da final da Copa do Mundo de 1982 e ex-comentarista da Globo.

O analista Sálvio Spínola também se opôs à explicação da Comissão de Arbitragem da CBF. "Não basta entender de regra, tem que entender de futebol", escreveu em seu perfil no X (antigo Twitter).

A comentarista da ESPN Renata Ruel reprovou a fala de Seneme sobre o lance. "Mostra que de futebol ele não entende e que sempre tenta justificar ao invés de assumir erros", postou em resposta à publicação de Spínola.

Por que a CBF considera que a arbitragem acertou

Seneme afirmou que a ação de Richard Ríos "não caracteriza a posse da bola da defesa".

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"Ele [Ríos] tira sob pressão, está dentro da área, tira para o arredores e quem pega essa bola não é um companheiro, é um adversário", completou Péricles Bassols, gerente de VAR da CBF.

Seria uma nova origem caso o meia do Palmeiras "dominasse a bola com tranquilidade, pudesse passar para um companheiro ou se tivesse chutado a bola mais longe", completou Giulliano Bozzano, gerente técnico de arbitragem.

O que disse Seneme

Ação do Ríos: "A gente não encaixa ela [ação do Richard Ríos] numa salvada, num rebote ou num desvio. [...] A gente tem a salvada do jogador, que não caracteriza a posse da bola da defesa. E aí a bola volta para o jogador que cabeceou, então ainda estou em fase de ataque [do Vasco], e aí ele vai tentar cruzar e a bola vai para um defensor, que quer afastar a bola, que está sob pressão".

Não é nova origem: "[O lance] Está ainda sob interferência da ação inicial, porque esses jogadores [do Palmeiras] estão querendo se posicionar ainda para se defender do que seria uma sequência da jogada [de ataque do Vasco]".

Lances analisados: "Podemos observar dois aspectos. O primeiro é a situação de linha de impedimento, onde o jogador tem uma parte do pé afrente do penúltimo defensor. Apesar de ser uma jogada fina, caracteriza o impedimento. A outra é a questão da sequência da posse de bola em fase de ataque, quando ela começa e termina".

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