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'Lei Vini Jr' é aprovada no Rio e prevê jogo encerrado em caso de racismo

Alerj aprovou "Lei Vini Jr", que visa combater o racismo nos estádios - JAVIER SORIANO/AFP
Alerj aprovou 'Lei Vini Jr', que visa combater o racismo nos estádios Imagem: JAVIER SORIANO/AFP

Colaboração para o UOL, do Rio de Janeiro

06/06/2023 23h58Atualizada em 06/06/2023 23h58

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou nesta terça-feira (6) o Projeto de Lei 1.112/23, conhecido como Lei Vini Jr., que visa combater o racismo nos estádios de futebol do estado Fluminense.

'Política Estadual Vini Jr de Combate ao Racismo nos Estádios e Arenas Esportivas', que visa combater o racismo nos estádios de futebol do estado Fluminense.

O que aconteceu?

A 'Lei Vini Jr' prevê que partidas de futebol realizadas no estado do Rio de Janeiro sejam interrompidas diante de denúncia ou qualquer manifestação racista durante os jogos. O Projeto de Lei 1.112/23 foi aprovado em caráter de urgência pelos deputados e seguirá para avaliação do governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias para aprová-lo ou vetá-lo.

Em caso de manifestações feitas em grupo, as partidas poderão ser encerradas. Também não há limite de tempo para as interrupções. O jogo deverá ficar paralisado por quanto tempo o delegado da partida ou o responsável pela organização do evento achar necessário.

As propostas foram batizadas de 'Política Estadual Vini Jr de Combate ao Racismo nos Estádios e Arenas Esportivas'.

Medalha Tiradentes

Vinícius Jr será homenageado com a Medalha Tiradentes, maior honraria entregue pelo parlamento do Rio de Janeiro. O projeto, aprovado pelos parlamentares, será publicado no Díário Oficial do Legislativo nos próximos dias.

A Assembleia Legislativa do Rio também aprovou Projeto de Lei que institui o dia 7 de abril como o 'Dia da Resposta Histórica Contra o Racismo no Futebol'. A data faz menção ao dia 7 de abril de 1924, quando o Vasco teve sua inscrição rejeitada pela Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA), que só permitiria a filiação do clube caso os 12 atletas do plantel vascaíno, negros e operários, fossem dispensados sob a acusação de exercerem 'profissão duvidosa' e não estarem nas 'condições apropriadas para o convívio esportivo'.