Paulo Victor e Léo Moura encaram Fla e podem dar volta por cima "em casa"
Jeremias Wernek e Leo Burlá
Do UOL, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro
23/10/2019 12h00
Atualmente gremistas, Paulo Victor e Léo Moura estiveram por muito tempo identificados ao Flamengo, rival de hoje (23) do Tricolor, às 21h30, no Maracanã, pela semifinal da Libertadores.
Com um passado rubro-negro de conquistas, a dupla, que falhou na missão de levantar um troféu continental pelo ex-clube, pode viver uma espécie de redenção nesta noite. Confirmado na meta do Tricolor, Paulo Victor tem a incumbência de mudar a imagem no jogo de ida, quando os rivais empataram por 1 a 1. Inseguro na Arena, o jogador foi um dos pontos mais fracos da equipe e quase deixou o estádio como vilão.
Após desfrutar do status de herói na decisão do Gauchão, competição na qual brilhou nos pênaltis e garantiu a vitória sobre o rival Internacional na decisão, ele voltou a ser contestado pelos torcedores em virtude de falhas na saída do gol e em alguns fundamentos. O lugar no time, entretanto, nunca ficou ameaçado.
"Todo jogador de futebol, seja goleiro ou não, tem altos e baixos. O Paulo Victor está bem, digamos assim. Ele teve algumas falhas, mas é normal. Ninguém quer errar, mas futebol é assim. Às vezes você falha. O Paulo está bem, Julio César também. Temos dois grandes goleiros", desconversou Renato Gaúcho.
Além do lance em que Bruno Henrique marcou para o Flamengo, no jogo de ida da semifinal, Paulo Victor tem contra si erros nos dois confrontos com o Palmeiras, nas quartas de final. E atuações repletas de oscilações em rodadas recentes do Campeonato Brasileiro.
Léo Moura, por sua vez, é um homem de confiança de Renato, mas ao longo de 2019 ficou longe do time por questões físicas. O desgaste e a falta de resistência ajudam a explicar a razão pela qual o lateral direito tem apenas 16 partidas na temporada - o Grêmio já atuou 62 vezes no ano.
O treinador, que sempre defendeu Léo Moura, recentemente já reconheceu que os problemas físicos exigiam mais paciência. Apesar disso, o comandante nunca considerou a escalação do veterano um problema diante de jogadores rápidos do adversário. Caso não esteja apto, ele cederá lugar a Rafael Galhardo, outro com raízes rubro-negras.
Em um Maracanã lotado, o veterano deve reencontrar uma torcida que já o teve como grande ídolo. Protagonista nas conquistas do Brasileiro de 2009 e da Copa do Brasil de 2006 e de 2013, ele deixou o clube para atuar no futebol dos Estados Unidos. Mesmo depois de vestir 519 vezes a camisa rubro-negra, gerou um desconforto ao acionar o clube judicialmente. Em dia de reencontro, apenas um lado terá motivos para sorrir.