Galvão defende permanência de Tite e fala em "vácuo" no comando da CBF
Mauricio Stycer
Mauricio Stycer
https://noticias.uol.com.br/colunas/mauricio-stycer/Jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 29 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o "Lance!" e a "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Adeus, Controle Remoto" (editora Arquipélago, 2016), "História do Lance! ? Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo? (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011). Contato: mauriciostycer@uol.com.br
Colunista do UOL
06/07/2018 17h39
Voz da Globo na Copa, o narrador Galvão Bueno defendeu a permanência do técnico Tite à frente da seleção, pensando em 2022. “Que não exista nenhuma espécie de precipitação”, pediu. “Que se tenha calma. Talvez seja o momento de o Tite continuar. Essa é uma proposta para discussão daqui para frente. Que se discuta um projeto.”
O narrador lembrou que, “apesar do fracasso na Copa, o técnico (Joachim Löw) está mantido na Alemanha”. E elogiou a Bélgica. “Um diretor técnico procurou todos os clubes. Eles jogam num 3-4-3, foi feito um pedido para que todo mundo jogasse desse jeito, para se criar uma escola, um trabalho feito. Não sei aonde eles vão, podem passar pela França, podem ser campeões do mundo. É um resultado de um trabalho que nunca foi tentado no Brasil”.
Falando da CBF, que comanda o futebol brasileiro, Galvão observou: “Nós estamos passando um momento, um processo no Brasil. Nós temos um presidente sob investigação, outro banido e outro preso. Há um vácuo”, disse.
Sensato, o narrador disse ainda: “Uma vitória na Copa não ia resolver os problemas do país. Uma derrota na Copa não complica mais os problemas do país”.
Ronaldo concordou: “É um momento complicado politicamente e esportivamente na seleção. É o momento de fazer esse planejamento, porque o resultado foi horrível. O Tite tem que continuar, mas alguma coisa tem que mudar”, disse. “O campeonato brasileiro tem que se adequar as características que ele quer. A seleção brasileira tem que seguir os exemplos bons do futebol”.
Locutor repete cobrança no JN
Galvão voltou a pedir a permanência de Tite horas depois, durante o Jornal Nacional. “Precisa parar com essa coisa de a seleção ter um dono, que pega uma caneta e quer mudar tudo, escrever um nome e este ser o novo técnico”, afirmou. “[A CBF] tem um presidente eleito para [assumir em] abril, daqui a nove meses, então há tempo para fazer um projeto com calma”, pediu Galvão Bueno. Que arrematou com a pergunta ”por que não permanecer o Tite na seleção brasileira?”.