Comentarista da Globo, Ronaldo vai ter que avaliar o cliente Gabriel Jesus
Mauricio Stycer
Mauricio Stycer
https://noticias.uol.com.br/colunas/mauricio-stycer/Jornalista, nascido no Rio de Janeiro em 1961, mora em São Paulo há 29 anos. É repórter especial e crítico do UOL. Assina, aos domingos, uma coluna sobre televisão na "Folha de S.Paulo". Começou a carreira no "Jornal do Brasil", em 1986, passou pelo "Estadão", ficou dez anos na "Folha" (onde foi editor, repórter especial e correspondente internacional), participou das equipes que criaram o "Lance!" e a "Época", foi redator-chefe da "CartaCapital", diretor editorial da Glamurama Editora e repórter especial do iG. É autor dos livros "Adeus, Controle Remoto" (editora Arquipélago, 2016), "História do Lance! ? Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo? (Alameda, 2009) e "O Dia em que Me Tornei Botafoguense" (Panda Books, 2011). Contato: mauriciostycer@uol.com.br
Colunista do UOL
16/06/2018 07h01
A estreia do Brasil na Copa da Rússia neste domingo (17) recoloca em cena, no papel de comentarista da Globo, o ex-jogador Ronaldo. Ao lado de Galvão Bueno, Casagrande e Arnaldo Cezar Coelho, o Fenômeno vai incorrer, mais uma vez, em uma situação de conflito de interesses.
Ronaldo é sócio da Octagon, uma empresa de marketing esportivo, que gerencia a carreira de Gabriel Jesus. Qual a isenção que se pode esperar dos seus comentários sobre o jogador?
Em 2013, na Copa das Confederações, e no ano seguinte, na Copa do Mundo no Brasil, o ex-jogador enfrentou conflito semelhante. Nas duas ocasiões, ele atuou como comentarista da Globo sendo sócio de outra empresa, a 9nine, que cuidava de interesses da carreira de Neymar - e se derramou em elogios ao jogador em seus comentários.
Ronaldo já disse diversas vezes que não vê conflito de interesses no fato de ter de avaliar o desempenho e as atitudes, em rede nacional, de um cliente seu e a Globo, da mesma forma, não vê problema algum na situação. A emissora trata o ex-jogador como um comentarista convidado, sem vínculo formal.
Em 2013, além da sua ligação com Neymar, Ronaldo era integrante no Conselho de Administração do Comitê Organizador da Copa do Mundo, o que não o impediu de tecer elogios, durante transmissões da Globo, aos estádios do evento.