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Atlético-PR desafia história com Vasco em São Januário por fim de jejuns

Time de 2001 levou 4 a 0 no Rio; já o time de 2004, com Washington (foto), perdeu por 1 a 0 - Jonas Oliveira/Folhapress
Time de 2001 levou 4 a 0 no Rio; já o time de 2004, com Washington (foto), perdeu por 1 a 0 Imagem: Jonas Oliveira/Folhapress

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

14/11/2018 04h00

Nunca, em tempo algum, o Atlético-PR saiu de São Januário com uma vitória. Única equipe da Série A ainda sem vencer longe de casa, o Furacão terá um tabu histórico para derrubar contra o Vasco, nesta quarta-feira (14) às 19h30, na casa do rival. Além de desafiar o desempenho longe de casa nesse Brasileirão, os atleticanos ainda tentarão fazer o que nenhum grande time do clube conseguiu, nem mesmo contra as piores equipes vascaínas.

Nem mesmo o time campeão brasileiro em 2001 conseguiu romper a escrita. Naquele ano, o time de Kleberson, Alex Mineiro e Adriano Gabiru levou 4 a 0 na Colina, com gols de Juninho Paulista, Fabiano Eller e Euller, duas vezes. O Vasco acabaria em décimo. Três anos mais tarde, a equipe de Washington, Dênis Marques e Fernandinho chegou a São Januário líder e saiu derrotada com um gol do zagueiro Henrique. O Santos passou o Atlético na classificação e acabou campeão. O Vasco foi o 16º.

“O Vasco, mesmo na situação em que eles estão, brigando para se manter na primeira divisão, não deixa de ser forte em São Januário. A pressão é forte, a torcida incentiva. Foi na minha época, em que a gente era favorito para ganhar a partida e acabamos perdendo, e consequentemente perdemos o título, e vai ser da mesma forma agora. Mas acredito que o Atlético está vivendo um momento muito bom e eu acho que tem grandes chances do Atlético quebrar esse tabu esse ano. É mais time, é mais forte, eu vejo condições de nessa rodada quebrar essa tabu”, comentou o artilheiro Washington, hoje Deputado Federal pelo PDT (RS) ao assumir uma cadeira na Câmara como suplente do futuro Ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Outras equipes que tiveram bom desempenho também sucumbiram em São Januário. O time vice-campeão da Libertadores em 2005, com Ferreira, Lima e Aloísio, perdeu por 2 a 1 com gols de Morais e Anderson Costa para o Vasco – Lima descontou. Terceiro colocado em 2013 e vice da Copa do Brasil, com direito à um 5 a 1 sobre o mesmo Vasco na última rodada, em Joinville, o Furacão ficou apenas no 0 a 0 em São Januário, contra a equipe que seria rebaixada pela segunda vez na história vascaína.

Os outros dois times do Vasco que entraram para a história sendo rebaixados também não perderam para o rival em casa. Em 2008 o empate veio no fim, com Madson, depois do Atlético virar para 2 a 1 com Julio do Santos e Pedro Oldoni – Valmir havia feito 1 a 0 para os cariocas. O Furacão acabou em 13º. Já em 2015, ano de nova queda do Vasco, a vitória por 2 a 0 foi no Maracanã. Somente em 2017 é que o Atlético venceu o rival pela primeira vez no Rio de Janeiro, 1 a 0, mas o jogo foi em Volta Redonda.

“A equipe vem jogando bem fora de casa. É ter um pouquinho mais de tranquilidade nos momentos de pressão para poder sair com a vitória”, projetou o técnico Tiago Nunes, em material registrado no canal oficial do clube. “O Vasco não está numa fase tão boa, mas por outro lado, nesse ano mesmo, a gente passou por essa situação, incômoda”, comentou o meia Raphael Veiga, “Nesses jogos eles acabam se mobilizando de uma forma que acaba complicando para qualquer time. Acredito que o time deles vai vir com tudo e a gente tem que não se acomodar, ir lá e fazer mais um bom jogo”.

VASCO X ATLÉTICO-PR

Motivo: 34ª rodada do Brasileirão
Data/Hora: 14/11/2018, às 19h30 (de Brasília)
Local: Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (RS) e Jorge Eduardo Bernardi (RS)

VASCO
Fernando Miguel; Luiz Gustavo, Leandro Castán, Henriquez e Ramon; Willian Maranhão, Andrey, Thiago Galhardo, Raul (Fabrício ou Rildo) e Marrony; Andrés Rios. Técnico: Alberto Valentim.

ATLÉTICO-PR
Santos; Jonathan (Diego Ferreira), Thiago Heleno, Léo Pereira e Renan Lodi; Wellington, Bruno Guimarães (Lucho González) e Raphael Veiga; Nikão, Pablo e Marcelo Cirino (Rony). Técnico: Tiago Nunes.