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Italiano encerra tabu na F-1 e ganha até camiseta, mas é zoado por amigos

Antonio Giovinazzi, piloto da Alfa Romeo em 2019 - William West/AFP
Antonio Giovinazzi, piloto da Alfa Romeo em 2019 Imagem: William West/AFP

Julianne Cerasoli

Colaboração para o UOL Esporte

26/09/2019 11h47

Foram só quatro voltas na liderança do Grande Prêmio de Singapura, mas Antonio Giovinazzi não vai esquecer facilmente o dia em que que comandou o pelotão da Fórmula 1 e encerrou tabu de quatro anos. E vai garantir que o feito não passe batido, também, entre seus amigos. O italiano da Alfa Romeo Racing está à caça de uma camiseta com menção ao feito que apareceu na internet nos últimos dias para presenteá-los. Mesmo que estes amigos não tenham entendido muito bem como ele chegou a liderar e terminou em décimo.

camiseta giovinazzi - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Camiseta mostra classificação do GP de Singapura quando Giovinazzi estava na ponta
Imagem: Reprodução/Twitter
"Eu só vi na internet a foto, não descobri ainda onde tem para comprar! Mas vou comprar para meus amigos. Foi bacana. Eles ficaram empolgados com a corrida. Não entendem como o carro é importante para estar na frente na F-1, e eles só lembram de me ver ganhando corridas em 2016. Eles ficaram muito felizes, mas não entenderam por que eu acabei terminando em 10º! Foi muito complicado de explicar", disse o piloto, ao UOL Esporte.

As vitórias a que Giovinazzi se referem foram ainda na GP2. Na temporada 2016, o piloto venceu cinco corridas da categoria, que funciona como uma espécie de divisão de acesso para a Fórmula 1.

Não é por acaso que o italiano está tão empolgado: as voltas na liderança são apenas a ponta do iceberg da melhora de seu rendimento nas últimas três provas, algo que vem em boa hora para o piloto, que tem a sua posição na Alfa Romeo ameaçada para a próxima temporada. O principal candidato para substituí-lo é Nico Hulkenberg, que já sabe que estará de fora da Renault.

"Se eu continuar mostrando a mesma velocidade das últimas corridas, ninguém vai poder tirar meu cockpit ano que vem", disse Giovinazzi, que faz parte da academia da Ferrari e era piloto de desenvolvimento da Scuderia nas últimas temporadas.

"Desde o início do ano, a minha velocidade era semelhante à do Kimi, mas as corridas não eram tão consistentes. Fiquei dois anos só fazendo simulador, então isso atrapalhou, porque estão correndo contra os melhores pilotos. Agora, estou mais confortável na corrida, e meu ritmo melhorou muito. Acho que estamos no caminho certo", completou.

Além da questão pessoal, Giovinazzi quebrou uma marca que já durava quatro anos na Fórmula 1: desde o GP da Inglaterra de 2015, apenas pilotos de Red Bull, Mercedes e Ferrari tinham conseguido liderar pelo menos uma volta. Naquela ocasião, foi a Williams, com Valtteri Bottas, que chegou à ponta. Para a Alfa Romeo, foi a primeira vez que um piloto chegou à liderança desde 1983.

O feito de Giovinazzi teve muito a ver com a estratégia da Alfa Romeo, que o deixou na pista pelo máximo de tempo possível antes de sua parada nos boxes. Assim, quando os ponteiros pararam, ele foi ganhando terreno. Mas o italiano também teve mérito ao poupar os pneus enquanto tinha um bom ritmo. A liderança durou até que Sebastian Vettel, com pneus muito mais novos, passou o piloto, que faz sua primeira temporada completa na F-1.

A categoria agora está em Sochi, na Rússia, onde acontece a 16ª etapa do campeonato neste fim de semana. Amanhã, os dois primeiros treinos treinos livres começam respectivamente às 5h e às 9h da manhã (de Brasília).

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