"Deixem ele em paz": pilotos comentam 1º teste de Mick Schumacher na F-1
"É pela Ferrari?", pergunta Antonio Giovinazzi quando questionado sobre o que passa pela cabeça de um piloto logo antes de testar um Fórmula 1 pela primeira vez, referindo-se a Mick Schumacher, filho do heptacampeão Michael. Ao ouvir que sim, o italiano, ex-piloto de testes da Scuderia e hoje titular da Alfa Romeo, abre um sorriso e diz. "É, vai ser uma noite difícil, mas depois será uma experiência muito especial"
É isso que está acontecendo nesta terça-feira com Mick, de 20 anos, após um final de semana atribulado: o alemão fez sua estreia na Fórmula 2, e de quebra teve a experiência de largar na pole na corrida curta, de grid invertido, por ter terminado a primeira prova em oitavo. Terminou em sexto e é o oitavo no campeonato.
Membro da academia de pilotos da Ferrari, Mick testa com a Ferrari nesta terça e com a Alfa Romeo na quarta-feira. Mas o titular da Scuderia, Sebastian Vettel, que conhece Mick desde que o alemão começou no kart, acredita que não há motivo para criar expectativas.
"Obviamente que, com o nome e a ligação com Michael, sempre há expectativas. Mas acho que, para chegar na F-1, você precisa provar que tem velocidade e, até aqui, ele tem feito um bom trabalho, tem se desenvolvido bem nos últimos anos. Ele merece estar onde está agora. No momento, ele precisa de tempo e que o deixem em paz para fazer seu trabalho. Não deve ser fácil para ele, mas por outro lado, acredito que ele esteja acostumado [à pressão]"
É a mesma linha no chefe da Ferrari, Mattia Binotto. "Estamos muito contentes por ele ser membro da nossa academia. Vamos segui-lo mais de perto, dar o apoio quando ele precisar. Mas depende dele se manter relaxado, focado. Será uma temporada importante para ele, ele tem consciência disso, mas tenho certeza de que ele vai se dar bem."
Nervosismo na estreia é natural, dizem pilotos
Um piloto que testou pela primeira vez um Fórmula 1 com um nível de experiência semelhante ao que Mick Schumacher tem no momento foi Valtteri Bottas. Quando andou em um carro da categoria pela primeira vez - em 2011, pela Williams - ele vinha da Fórmula 3, assim como Mick.
"Estava muito animado. Você fica pensando muita coisa, imaginando como vai ser. Mas lembro da primeira vez que entrei na pista, pensei 'ok, é rápido, mas é só um carro. Você consegue fazer isso'. Então tenho certeza de que ele vai se dar bem"
Mais recentemente, Pietro Fittipaldi teve a experiência de estrear em um Fórmula 1 com todo o peso de um sobrenome famoso. Ele pilotou a Haas em dezembro do ano passado e usou o expertise de uma família cheia de pilotos para se preparar. "Antes do seu primeiro teste, acho que você pode começar a pensar um pouco demais, mas o Christian [Fittipaldi, ex-F-1 e com longa carreira nos EUA] me falou: "Lembra que é um carro de corrida igual a todos os carros que você já guiou, só é um pouco mais avançado`. Pode ser que você fique uma noite sem dormir, mas depois vai ver que é só um carro. Um pouco mais rápido!"
Mick Schumacher vem do título da Fórmula 3 Europeia mas, na Fórmula 2, terá o desafio de enfrentar pilotos muito experientes na categoria, como o brasileiro Sergio Sette Camara, em sua terceira temporada. A grande diferença entre os dois carros é a utilização dos pneus Pirelli, semelhantes aos da F-1, considerados difíceis de compreender pelos pilotos.
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