Alonso diz que luta por vitórias com carro quase meio segundo mais lento
O início da temporada da Fórmula 1 não vem sendo tão positivo para a McLaren quanto Fernando Alonso gostaria, mas o espanhol está longe de desanimar. Até porque acredita que a equipe pode contar com o quase meio segundo que ele mesmo pode trazer ao rendimento do carro.
Alonso, que se prepara para disputar o GP do Bahrein neste final de semana, começou o ano com um quinto lugar no GP da Austrália. Na classificação, no entanto, o bicampeão foi mais de 1s6 mais lento que Lewis Hamilton, da Mercedes. Mas o piloto vê seu time em plena evolução depois de trocar o motor Honda pelo Renault para esta temporada.
“Ainda não estamos naquele grupo da frente, mas devemos chegar em breve porque somos a McLaren e esse é nosso lugar. Mas em 2012 também não estávamos naquele grupo da ponta e chegamos à última corrida liderando o campeonato. Veremos o que vai acontecer”.
Boa parte da confiança de Alonso vem do que ele acredita que pode fazer com um equipamento inferior. O espanhol acredita que a McLaren não precisa ser tão rápida quanto a Mercedes ou a Ferrari, por exemplo, para que ele consiga incomodar os líderes.
“Tenho muita confiança em mim e sei que só preciso de um carro que esteja a dois, três, quatro décimos dos melhores. Com isso posso disputar. Em alguns circuitos vamos perder, mas em outros venceremos. Às vezes a estratégia vai entrar em jogo para diminuir o déficit, mas podemos estar na briga.”
Para Alonso, um exemplo de como ele pode fazer a diferença é a disputa do campeonato de 2012 contra a Red Bull de Sebastian Vettel, que tinha um equipamento superior a sua Ferrari. “Lutei em 2012 [pelo título] e não estava chegando ao Q3 em algumas corridas. Vamos lutar”, disse o espanhol. Naquele ano, Alonso ficou fora do top 10 na classificação em duas corridas e chegou ao GP decisivo do campeonato sete pontos atrás de Vettel, e não na frente como afirma, mas esteve na ponta até a 16ª de 20 etapas.
Para começar, top 5
Para a primeira parte da temporada de 2018, o objetivo de Alonso é “estar em 100% dos Q3 na classificação e chegar no top 5 e talvez lutar por pódios. Vimos ano passado a Williams no pódio e a Force India chegando perto, então as oportunidades existem e tomara que possamos aproveitá-las”.
As altas expectativas de Alonso acabaram sendo apenas parcialmente realizadas na primeira etapa do ano, na Austrália. O espanhol ficou a 148 milésimos de passar para a fase final da classificação, mas conseguiu terminar em quinto lugar, muito em função de um Safety Car na hora certa para fazer sua estratégia funcionar e da dificuldade de ultrapassagem no circuito de Albert Park.
Ainda assim, Alonso saiu bastante animado de Melbourne e acredita que a McLaren só vai evoluir nas etapas seguintes. Isso porque o acordo com a Renault saiu relativamente tarde, no final de setembro, e a equipe ainda não otimizou todas as adaptações que teve de fazer no carro para receber o novo motor. Por conta disso, o bicampeão acredita que a evolução de seu time deve ser mais acentuada do que dos rivais.
“O GP da Austrália deve ser nosso nível mais baixo. Acho que, durante a temporada, vamos melhorar muito. Devemos ser a equipe que mais vai progredir em comparação com os demais porque a integração com uma nova unidade de potência vai levar um tempo. O chassi foi desenhado já com várias atualizações programadas e elas vão chegar nas primeiras corridas do ano. Espero ver uma McLaren muito forte na segunda metade da temporada.”
A McLaren já está sem vencer desde antes do início da parceria com a Honda, que começou em 2015. A última conquista do time inglês foi com Jenson Button, no GP do Brasil de 2012, justamente a prova citada por Alonso, em que ele foi batido por Sebastian Vettel na luta pelo título. A McLaren é a segunda maior vencedora da história da F-1, com 182 triunfos. A líder do ranking é a Ferrari, com 230.
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