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McLaren tenta se livrar da Honda para ficar com Alonso. Mas não será fácil

Stoffel Vandoorne abandona o GP da Espanha com a McLaren - Mark Thompson/Getty Images
Stoffel Vandoorne abandona o GP da Espanha com a McLaren Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Julianne Cerasoli

Do UOL, em Monza (ITA)

30/08/2017 07h44

Fernando Alonso já avisou que “só é preciso uma coisa mudar” para que ele continue na McLaren ano que vem. E a tal mudança é o fim da parceria com a Honda. Também cansada com a sequência de falhas da montadora japonesa, que não parece encontrar soluções para uma unidade de potência pouco confiável ou potente.

Mas a missão não parece ser nada simples. O melhor caminho para a McLaren seria convencer a Toro Rosso a usar os motores japoneses ano que vem, garantindo sua permanência na F-1, algo que agrada os donos do Liberty Media, e abrindo a possibilidade para ter os motores Renault, uma vez que os franceses vêm dizendo que preferem manter as atuais três equipes no grid a fornecer seu equipamento a um quarto time.

No último final de semana, tanto representantes da Toro Rosso, quanto da Renault, disseram que não há negociações oficiais em andamento, apesar de que uma decisão final só seria tomada pelo time italianos neste final de semana.

Outro caminho para a McLaren seria encerrar o contrato unilateralmente com a Honda, mas isso pode trazer problemas jurídicos pois, apesar de não haver cláusulas que proíbam o fim da parceria, o acordo inicial, que passou a valer a partir de 2015, é de 10 anos.

No caso da McLaren ficar sem fornecedor, uma das outras três (Renault, Mercedes ou Ferrari) ficaria obrigada, por regulamento, a equipar o time de Woking.

Caso isso não seja possível, a equipe provavelmente perderia Alonso, que inicialmente disse que anunciaria seu futuro em setembro, mas agora admite que a decisão pode demorar mais do que isso. “60% das propostas que eu recebi, já disse não. As outras 40% ainda estão na mesa”, disse o espanhol. Uma destas propostas refutadas seria da Williams.

Além da pressão do espanhol, também há a necessidade técnica de definir rapidamente o fornecedor, uma vez que o projeto do carro do ano que vem já está sendo projetado e especialmente a caixa de câmbio da McLaren é muito atrelada ao projeto da Honda e teria de ser totalmente redesenhada em caso de troca.

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