Chefe de Felipe Nasr admite que crise já afeta desenvolvimento do carro
A Sauber enfrenta um dos piores momentos de sua história, tendo dificuldades para pagar os funcionários mesmo recebendo adiantamentos do dinheiro vindo dos direitos comerciais da Fórmula 1. E a expectativa do time de Felipe Nasr e Marcus Ericsson não é boa: segundo a chefe Monisha Kaltenborn, o desenvolvimento do carro de 2016 já está comprometido pela falta de recursos. Tanto, que, ao lado de Renault e Manor, a Sauber é uma das três equipes que ainda não pontuou na temporada.
“Temos de fazer alguns malabarismos para conseguir”, admitiu Monisha à Autosport. “Sempre há algumas coisas que, devido a nossa situação, demoram mais. Então quando tudo estiver no carro vocês verão que daremos um passo adiante. Este não é realmente nosso carro de 2016”
A dirigente, contudo, prefere não dar prazos e admite que o carro que está sendo utilizado nas primeiras etapas é uma espécie de ‘híbrido’, contendo peças do ano passado.
“É muito difícil especular o que vai acontecer, mas haverá uma mudança. Só precisamos ter paciência para superar essa fase. Não teremos grandes atualizações porque, como o carro será diferente em 2017, estamos em uma situação em que questionamos onde focar”, admitiu.
Monisha lembra que a Sauber já cometeu o erro de investir demais em apenas uma temporada em 2013 e pagou um alto preço para isso - o time caiu do sétimo lugar, com 57 pontos, para terminar 2014 zerada. “Quando tomamos a decisão de focar em uma temporada, sabemos o que aconteceu no ano seguinte. O impacto foi grande. Então precisamos equilibrar as coisas nesta temporada.”
Para este final de semana, contudo, Nasr deverá ter à disposição um novo chassi. O brasileiro vinha se queixando do comportamento do carro, muito diferente do modelo testado por ele na pré-temporada - e que está sendo usado pelo companheiro Ericsson.
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