Resultados da Williams despencam nos 3 primeiros GPs. Entenda os motivos
A relativa animação da Williams na pré-temporada, quando o dono Frank Williams bradava que o time tinha “solidificado seu lugar de volta entre os grandes”, se tornou preocupação após um rendimento abaixo do esperado nas três primeiras etapas do campeonato. Se a expectativa inicial era continuar como terceira força, atrás apenas de Mercedes e Ferrari - eventualmente, lutando com os italianos - agora a equipe de Felipe Massa e Valtteri Bottas tenta reagir para não ser superada por Toro Rosso e Force India.
Os números deste início de temporada deixam clara a queda de rendimento. O time começou 2015 somando 48 pontos nas três primeiras corridas - mesmo tendo disputado o GP da Austrália com apenas um carro, devido a uma lesão de Bottas - hoje só tem 29. E, em todos os GPs até aqui, foi superado pelas Red Bull na classificação final.
Massa, que tem um quinto, um sexto e um oitavo lugares - contra um quarto, um quinto e um sexto do início de 2015 - é o primeiro a reconhecer que “seria bom ter dois ou três décimos a mais por volta.” Já o diretor de performance, Rob Smedley, afirma que o time “não está nem perto de onde deveria estar.”
Mas, depois de dois anos consolidada como terceira força, por que a Williams caiu? Seriam três os motivos principais:
1. Menos vantagem na potência: o grande pulo do gato para a Williams sair do meio do pelotão para voltar a lutar por pódios foi a parceria com a Mercedes, dona do melhor motor da F-1 desde a mudança de regras de 2014. Porém, a vantagem inicial dos propulsores alemães já não é a mesma, haja vista a relativa dificuldade de Lewis Hamilton escalar posições especialmente no GP da China.
2. Carro com pouca pressão aerodinâmica: com um orçamento bem inferior a times como Mercedes, Ferrari ou Red Bull, a Williams vem tentando ser eficiente nas novidades que traz para o carro. Porém, nem tudo o que foi colocado no modelo deste ano funcionou e falta pressão aerodinâmica ao modelo, algo que fica evidenciado pela dificuldade de manter um bom ritmo com o pneu médio, o menos aderente entre os utilizados até agora no campeonato.
3. Táticas erradas: este problema não é de hoje. A Williams vem se notabilizando nos últimos anos por adotar estratégias muito conservadoras e por evitar mudar um plano estabelecido durante a prova. E, como o rendimento já não é o mesmo e o grid está mais próximo, os erros - como na tática de Massa no Bahrein - acabam custando mais caro.
Mas Smedley vê uma luz no fim do túnel. Para o engenheiro, a Williams pode encontrar alguns décimos apenas ao acertar melhor o carro. “Já demos passos importantes em relação a isso do Bahrein para a China e temos de continuar na mesma direção.” A próxima chance será dia 1º de maio, no GP da Rússia.
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