"Acidente de De Villota é um entre 5 milhões", diz chefe de segurança da F-1

O gravíssimo acidente sofrido pela piloto Maria De Villota nesta semana, durante um treinamento da equipe Marussia, gerou polêmica quanto à questão da segurança que as equipes proporcionam aos seus pilotos. Tentando minimizar a discussão, o delegado de segurança da FIA, Charlie Whiting, afirmou que o ocorrido é absolutamente improvável na categoria, e que se tratou de uma “incrível falta de sorte”.

Em um teste de aerodinâmica realizado no aeroporto de Duxford, na Inglaterra, o carro da piloto espanhola acelerou abruptamente o carro após já ter reduzido a velocidade, e colidiu com um caminhão da equipe que estava estacionado próximo à pista.

Whiting minimizou as reclamações de alguns pilotos da Fórmula 1, como a do espanhol Pedro de la Rosa, que pediu investigações para o fato. O dirigente da FIA comparou a colisão ao acidente do brasileiro Felipe Massa, e falou que casos como esses são muito difíceis de serem repetidos.

“Foi um acidente tão desafortunado. O de Felipe (Massa, em 2009, no GP da Hungria) foi como um acidente em 1 milhão, mas o de Maria foi como um em 5 milhões. Ocorreram circunstâncias muito peculiares, que são de uma incrível má sorte”, explicou, em entrevista ao diário espanhol Marca.

O delegado de segurança da FIA revelou ainda que a FIA está estudando a produção de novos capacetes e cockpits que desviem os impactos vindos de fora. “Com uma proteção como a que estamos estudando, um acidente assim seria improvável. Mas as circunstâncias para que se repita são tão remotas... Nós estudamos mais o impacto de um pneu sobre o piloto, que acontece mais de dez vezes por ano. O de Maria possivelmente não vai acontecer nunca mais”, acredita.

Maria De Villota perdeu um olho e ainda tem diversos ferimentos na cabeça. Ainda internada, ela segue em estado grave, porém estável, e os médicos apontaram uma boa melhora em seu quadro nos últimos dias.