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Diego Garcia

REPORTAGEM

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Após 10 anos, Justiça marca julgamento de cartola por morte de jornalista

Colunista do UOL

26/02/2022 04h00

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Depois de quase 10 anos desde o assassinato do jornalista Valério Luiz, a Justiça de Goiás marcou para o próximo dia 14 de março o júri popular que vai julgar os acusados pelo crime. Entre eles, o ex-vice e ex-presidente do Atlético-GO, Mauricio Sampaio, apontado como mandante.

O crime ocorreu no dia 5 de julho de 2012, quando Valério Luiz deixava a Rádio 820 AM, hoje Bandeirantes, onde trabalhava na época. Ele era comentarista de futebol em programas de esportes da emissora. Sampaio, à época, era vice do clube goiano.

De acordo com o Ministério Público, o assassinato teria como motivação críticas feitas pelo radialista à então diretoria do Atlético-GO. Valério Luiz foi morto por seis tiros ao deixar a rádio, no Setor Serrinha, em Goiânia.

Nos meses que antecederam o assassinato, Valério Luiz aumentou o tom contra a diretoria do Atlético-GO. Acusou injeção de dinheiro de patrocinadores tenebrosos, como a Linknet, envolvida no escândalo que derrubou o Governo do DF, e a Delta Construções, que resultou na cassação do senador Demóstenes Torres, entre outras críticas.

Cinco réus vão a julgamento: além de Sampaio, também irão Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, sargento da PM apontado como autor dos disparos; Djalma Gomes da Silva, sargento da PM tido como articulador do crime; além de Urbano de Carvalho Malta, outro articulador, e Marcus Vinícius Pereira Xavier, tidos como colaborador. Todos eles alegam inocência.

Não cabe mais recurso sobre a decisão de os réus irem ao júri, que já deveria ter acontecido em junho de 2020, mas acabou suspenso pela pandemia de Covid-19. E pelo menos desde 2015 que o julgamento já poderia ter sido esgotado, mas as partes iam apostando em recursos, que se esgotaram há três anos.

O júri popular que acontece no próximo dia 14 de março foi marcado pelo juiz Lourival Machado da Costa, da 2º Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida da Comarca de Goiânia, e será realizado no Plenário no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.