Ford anuncia para este ano o fim da Mercury
A Ford anunciou nesta quarta-feira (2) que vai fechar a Mercury, marca existente há 71 anos e criada por Edsel Ford, filho de Henry Ford, no final do segundo semestre deste ano. Por outro lado, a montadora norte-americana disse que pretende não só manter, como também reforçar a marca de luxo Lincoln, que deve ter ao menos sete modelos novos ou reformulados nos próximos quatro anos.
Última geração do Mercury Milan, irmão gêmeo do Ford Fusion
Os modelos Mercury -- marca intermediária do portfólio da Ford norteamericana -- dividem suas plataformas com produtos da Ford propriamente dita, como é o caso do sedã Milan, irmão do Fusion, e do SUV Mariner, duplo do Escape.
De acordo com o boletim Automotive News, a decisão de fechar a Mercury foi tomada esta semana pela Ford. A medida atinge 1.712 concessionárias em todo o território dos EUA, com a peculiaridade de que nenhuma delas vende apenas modelos da marca -- sempre há uma combinação Ford-Mercury, Mercury-Lincoln e até mesmo Ford-Mercury-Lincoln. As vendas da Mercury caíram 74% entre 2000 e 2009, e também vinham caindo no mês a mês do mercado dos EUA.
A Mercury parece ser uma vítima tardia da crise que atingiu as principais montadoras dos Estados Unidos entre 2008 e 2009, levando a General Motors à concordata e à virtual estatização, além do corte de marcas como Saturn e Pontiac; e a Chrysler a ser controlada pela italiana Fiat. A Ford era a única das "três grandes" de Detroit que não havia passado por uma turbulência realmente drástica.
Uma parte disso se deveu ao fato de que a Ford já havia se livrado da Land Rover e da Jaguar, vendidas à indiana Tata, diminuído sua participação na Mazda e, mais recentemente, se desfeito da Volvo, que passou a ser controlada pela Geely (China).
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