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Presidente da Nissan tem o maior salário do Japão pelo terceiro ano seguido

O executivo brasileiro Carlos Ghosn, chefão da aliança Renault-Nissan, é o mentor da resistência das marcas à crise de 2008/09 e ao terremoto/tsunami do Japão em 2011 - AP
O executivo brasileiro Carlos Ghosn, chefão da aliança Renault-Nissan, é o mentor da resistência das marcas à crise de 2008/09 e ao terremoto/tsunami do Japão em 2011 Imagem: AP

Em Tóquio (Japão)

26/06/2012 05h37

O presidente da Nissan, o brasileiro naturalizado francês Carlos Ghosn, é pelo terceiro ano consecutivo o diretor mais bem remunerado entre as empresas que cotam na Bolsa de Valores de Tóquio, segundo anunciou nesta terça-feira (26) a junta de acionistas da fabricante.

O diretor ganhou no ano fiscal passado 987 milhões de ienes (US$ 12,4 milhões ou R$ 25,7 milhões), o que, segundo o diário "Yomiuri", o torna o executivo de maior salário pelo terceiro ano seguido.

O presidente da segunda maior fabricante de veículos do Japão ganhou no último ano 0,51% mais que no ano anterior e 9,7% mais que em 2009.

Os vencimentos de Ghosn superam em muito os 136 milhões de ienes (US$ 1,7 milhão ou R$ 3,5 milhões) contabilizados por Akio Toyoda, presidente da Toyota.

O número é maior até que os 972 milhões de ienes (US$ 12,2 milhões, R$ 25,3 milhões) que ganharam conjuntamente os 27 membros da junta diretiva da Toyota, a maior fabricante de veículos japonesa e atualmente a terceira do mundo.

Durante a junta realizada hoje em Yokohama, onde a Nissan tem sua sede, Ghosn lembrou, em declarações recolhidas pela agência "Kyodo", que 2011 foi um ano "recorde" e que a empresa pôde aumentar os salários dos diretores para assegurar a permanência do pessoal mais qualificado.

Graças a sólidas vendas em escala global, a Nissan registrou lucro líquido de 341,43 bilhões de ienes (US$ 4,3 bilhões ou quase R$ 9 bilhões) no último ano fiscal, acima dos 283,56 bilhões de ienes (US$ 3,56 bilhões, cerca de R$ 7,5 bilhões) contabilizados por sua rival Toyota.