Roubos e furtos de motos disparam em SP; veja as preferidas dos ladrões

Os roubos e furto de motos tiveram alta expressiva no Estado de São Paulo. No primeiro semestre deste ano foram registradas 17.316 ocorrências do tipo, um aumento de 37% em comparação com o mesmo período de 2021.

Do total. 64,28% das motocicletas foram furtadas, ou seja, subtraídas sem uso de violência. Já 35,7% foram alvo de roubo, quando o bem é levado medicante ameaça ou agressão.

Os números foram fornecidos a UOL Carros pela empresa de rastreamento veicular Ituran, que elaborou um levantamento com base em dados divulgados no site da Secretaria da Segurança Pública do governo paulista.

Com cerca de 30,8 milhões de veículos, incluindo 4,9 milhões de motocicletas, São Paulo tem a maior frota do Brasil ou aproximadamente 30% dos automóveis, comerciais leves, utilitários pesados, motos e motonetas emplacados em todo o País.

No primeiro semestre do ano, a moto mais visada pelos ladrões foi a Honda CG 160, que acumulou 4.803 roubos e furtos. Sozinha, ela foi responsável por 27,7% de todos os crimes do tipo no período.

Segundo Rodrigo Boutti, gerente de operações da Ituran, a alta expressiva nos casos envolvendo motocicletas no primeiro semestre de 2022 ocorreu na esteira do aumento na quantidade de veículos "disponíveis" para criminosos em vias públicas. Contribuiu para isso o relaxamento das restrições decorrentes da pandemia.

"Além disso, muitas pessoas perderam seus empregos formais e passaram a utilizar motocicleta para fazer entregas de bens e alimentos adquiridos via aplicativo e no comércio eletrônico em geral, ficando expostas à ação de criminosos".

Mais motos nas ruas, combinadas com o envelhecimento da respectiva frota, em decorrência da crise econômica, fizeram crescer a demanda por peças de reposição - inclusive aquelas provenientes de desmanches ilegais, abastecidos pelo crime.

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