Carol Sampaio: 'O Carnaval no Rio tem um porto seguro e se chama Sapucaí'

Carol Sampaio, empresária do ramo de eventos no Rio de Janeiro, sempre deixou claro que sua paixão e prioridade de negócios é o Carnaval. Além de realizar diversas ações publicitárias com celebridades no período, ela também é dona do "Bloco da Favorita", que desfila no Rio e São Paulo, e é sócia em um dos camarotes mais badalados da Marquês de Sapucaí, o "Nosso Camarote".

Em entrevista concedida a Splash em agosto, a empresária já havia falado sobre a volta dos eventos com a flexibilização do isolamento social por conta da pandemia de covid-19, e tinha reforçado que seu investimento total seria para a folia de 2022.

Após diversas cidades cancelarem os eventos oficiais de Carnaval, e o Rio ter deixado em aberto a existência ou não da folia, Carol Sampaio reafirma, em nova entrevista, sobre o desejo de que a festa aconteça no Rio de Janeiro.

Ela, no entanto, acredita que o mais viável seja em ambientes que permitam o controle da vacina.

Vejo que continuamos em um momento delicado, mas na Sapucaí temos como ter controle. Podemos pedir exames PCR para quem vai desfilar, pedir carteira de vacinação para quem frequentar. O Carnaval do Rio tem um porto seguro, e se chama Marquês de Sapucaí.

A produtora, que segue vendendo convites para o "Nosso Camarote", mesmo com a possibilidade de um cancelamento dos desfiles, não acredita que é o momento de que blocos de rua possam desfilar. Carol não pretende colocar o "Bloco da Favorita" nas ruas do Rio de Janeiro e explica:

Bloco de rua, por mais que eu ame ver a multidão toda feliz, não é a hora, principalmente no Rio de Janeiro, uma cidade que aceitou tão bem a vacinação e vem evoluindo.

A empresária continua: "Quando vemos outras cidades fechando o Carnaval de rua, corremos o risco de que a tendência seja que muitas outras pessoas venham para o Rio. Se não fecharmos podemos causar uma aglomeração de pessoas de vários lugares e isso pode causar uma preocupação em uma cidade que se vacinou tão bem."

'Carnaval emprega muita gente'

Carol Sampaio diz que sempre lê muitas críticas à realização do Carnaval de pessoas dizendo que é uma "futilidade". A empresária, que emprega pessoas durante o período, faz um apelo para que enxerguem o evento como um gerador de trabalho para tantas famílias:

Um dos pontos que mais sofri na pandemia foi ver o desemprego. Vi gente sendo muito julgada por falar em realização de festas, chamada de fútil, mas as pessoas não têm noção de quantos empregos geramos e quantas pessoas sofreram com o setor de eventos parado.

Ao falar de emprego, Carol volta a citar o Carnaval: "Estamos falando de muitas famílias que esperam por esse momento para trabalhar. Temos que ser observados como um setor que gera empregos e isso é muito importante."