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Comer na frente da TV e mais: 5 hábitos da infância ruins para vida adulta

Hábitos alimentares ruins, como comer assistindo à TV, se formados na infância, frequentemente persistem na vida adulta Imagem: Divulgação

Colaboração para VivaBem*

23/05/2024 13h43

Pode parecer bobagem, mas muitos aspectos da infância têm um impacto significativo na nossa vida adulta e saúde. Seja não querer variar a alimentação, passar tempo demais frente às telas, ou coçar os olhos. Será que hábitos de criança como esses podem estar lhe afetando ainda hoje? Descubra a seguir:

1. Não diversificar o que come

Imagem: iStock

Para muitas pessoas com paladar infantil, a questão realmente começa na infância: faltou a formação de um repertório alimentar mais amplo nessa fase. Muitas vezes por inabilidade, os pais ou responsáveis pela alimentação dos filhos não incluem no cardápio das crianças frutas e vegetais.

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É bastante comum também que isso esteja relacionado com a memória afetiva que a pessoa tem com a comida. No caso dos alimentos ricos em carboidratos, elas apresentam memórias e sensações positivas e prazerosas com essa prática alimentar. O mesmo não acontece com os vegetais, por exemplo, o que faz com que haja a rejeição.

2. Usar telas excessivamente

Imagem: iStock

Esse hábito que começa na infância está associado ao maior risco de sobrepeso e obesidade, além de baixos níveis de atividade física, menor duração do sono e menor qualidade de vida relacionada à saúde.

A nutricionista Serena del Fávero, do Hospital Israelita Albert Einstein, ressalta que hábitos alimentares ruins —como comer assistindo à TV, ou mexendo no celular—, se formados na infância e na adolescência, frequentemente persistem na vida adulta, aumentando o risco de problemas de saúde a longo prazo.

3. Não cuidar das próprias coisas

Imagem: Getty Images

Desde cedo e à medida que vão se desenvolvendo, filhos precisam participar da rotina doméstica e dividir todas as tarefas com os pais ou cuidadores, como arrumar a própria cama, lavar louça, tirar o pó dos móveis e levar o lixo para fora. Do contrário, não se desenvolvem e podem apresentar atitudes ou decisões muito infantis quando adultos.

Os problemas podem repercutir em dificuldades para gerir as próprias finanças, relacionar-se, estabelecer a própria família e até criar filhos Blenda de Oliveira, psicóloga e psicanalista pela SBPSP (Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo)

Ócio demais também produz déficits de autocontrole e senso de compromisso e colaboração. Ao sair do ninho, a pessoa irá sentir as consequências, e o aprendizado pode ser muito difícil caso ela tenha se tornado espaçosa, egoísta, medrosa e sem iniciativa ou ambições.

4. Coçar ou revirar os olhos

Imagem: Getty Images

Os pais não devem incentivar ou ver graça nos hábitos de seus filhos revirarem e manipularem os próprios olhos e pálpebras. É necessário que orientem de forma clara que não se deve tentar interferir no funcionamento da visão e os riscos que isso pode acarretar, incluindo o de sequelas imediatas e no longo prazo.

O simples ato de coçar ou esfregar, por exemplo, pode ferir e até comprometer os olhos. Leva ao surgimento de problemas sérios, como descolamento de retina ou até ceratocone, que é quando a córnea acaba adquirindo, com o passar do tempo, formato de cone. Fora o perigo dos contágios virais e bacterianos, que ocasionam doenças que, em casos mais graves e não tratados, podem resultar em cegueira.

5. Interagir só com adultos

Imagem: Thinkstock

Algumas pessoas não se sentem à vontade com as da mesma idade, geralmente por insegurança de que não pertencem àquele grupo. Assim, preferem se relacionar com os mais velhos, que têm maior propensão a serem benevolentes com elas Eduardo Perin, psiquiatra pela Unifesp

Além disso, quando passam muito mais tempo com adultos, crianças podem confundir os papéis e mudar de comportamento. Ou abandonar a sua espontaneidade, agindo como alguém que cuida de si mesmo. "Esse processo pode gerar impactos na vida futura, como sentimento de falta de confiança no meio", alerta Aline Aparecida da Silva, psicóloga da Clínica Personal, da Central Nacional Unimed.

*Com informações de reportagens publicadas em 23/04/2019, 12/04/2024, 08/03/2021, 22/02/2021

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