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Massagem: saiba as diferenças e principais indicações pra cada tipo

Massagem: conheça para que serve cada técnica Imagem: iStock

Thais Szegö

da Agência Einstein

23/04/2024 09h00

Quem deseja marcar uma sessão de massagem provavelmente vai ficar perdido diante de tantas opções. A Agência Einstein entrevistou especialistas na área, que dividiram a técnica em três grupos: as relaxantes, as estéticas e as esportivas. Os profissionais explicam quais são as suas indicações, o que de fato é possível esperar de cada uma delas, a frequência indicada e no que é importante ficar de olho durante o tratamento.

Os especialistas foram unânimes em dizer que é preciso procurar estabelecimentos sérios, com profissionais com formação na área da saúde e experiência em massagem terapêutica ou que tenham feito uma formação mais completa. Eles explicam que dessa forma é possível obter bons resultados e não ter problemas desencadeados pela prática, como excesso de pressão, que provoca manchas roxas ou traumas, escorregamento de vértebras, hérnias, aumento da dor por forçar estruturas corporais ou até risco de descompensar o coração ou o rim, caso a pessoa massageada apresente a insuficiência prévia desses órgãos.

Massagens relaxantes

Durante a sessão, o profissional faz movimentos superficiais, que oscilam entre suaves e intermediários. O objetivo é alongar e relaxar as fibras musculares, promover a vasodilatação e desencadear a liberação de endorfina, um hormônio que promove o prazer e alivia as dores. É importante que o procedimento provoque apenas o bem-estar, sem doer, machucar os tecidos ou deixar manchas roxas.

Os exemplos mais comuns desse tipo de massagem são a clássica e a sueca, mas existem outras que também promovem o relaxamento, como as de pedras quentes, bambu e até mesmo algumas indicadas para outros objetivos terapêuticos, como a drenagem linfática manual, o shiatsu, a quick massage, a rítmica da antroposofia e a aiurvédica, por exemplo.

A frequência indicada depende da necessidade de cada um. Pode ser algo pontual, caso a pessoa esteja passando por algum problema que provoque uma tensão extra, ou sessões semanais para ajudar a relaxar do estresse do dia a dia e evitar que ele chegue a uma fase aguda.

"Se houver algum processo inflamatório no organismo, como abcessos, traumatismos ou tumores, é essencial esperar o quadro ser tratado antes de marcar uma massagem, pois ela pode aumentar o processo inflamatório ou infeccioso", alerta Conceição Aparecida de Almeida Santos Reis, fisioterapeuta que foi docente da Faculdade de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, no interior de São Paulo.

A especialista explica que, se o tratamento envolver o corpo todo, ele é contraindicado para quem tem problemas como trombose, insuficiências cardíaca, renal ou respiratória, febre e câncer, entre outros. Na dúvida, explica a fisioterapeuta, a orientação é sempre conversar com o médico antes de agendar o tratamento.

Massagens estéticas

São as indicadas para reduzir o edema pós-cirúrgico, combater a celulite e promover o rejuvenescimento facial e corporal. Isso porque as manobras melhoram o fluxo sanguíneo, aceleram a reabsorção dos líquidos extravasados da circulação - que se acumulam, provocando o inchaço - e diminuem a concentração de toxinas teciduais.

"O mercado oferece muitas opções, mas é importante ficar atento às que usam palavras como redutora ou turbinada no nome, pois em grande parte das vezes não têm embasamento científico", explica a fisioterapeuta, que por 36 anos deu aulas de massoterapia.

A drenagem linfática, por exemplo, é uma boa opção, pois ajuda o sistema linfático a recolher o líquido que ficou acumulado entre os tecidos, diminuindo o inchaço, eliminado as toxinas, reduzindo a celulite e combatendo alguns microrganismos, o que ajuda a evitar quadros infecciosos. "Vale lembrar que nenhuma massagem é capaz de emagrecer", ressalta a fisioterapeuta.

Os movimentos podem variar entre lentos e um pouco mais rápidos, dependendo do objetivo, mas devem ser sempre suaves ou de média intensidade. É bom que fique claro que nunca devem provocar o desconforto ou deixar manchas roxas no paciente.
A frequência depende do problema a ser tratado, do grau do quadro e das condições de quem vai receber. Mas, no geral, de uma a três sessões por semana costumam ser indicadas.

Massagens esportivas

As manobras envolvem deslizamentos superficiais e mais profundos, amassamento e fricção. "Também pode ser associada à vibromassagem, feita com pistolas massageadoras, ou a movimentos com o foam roller, rolos vendidos especialmente para automassagem", conta José Edson França da Silva Júnior, fisioterapeuta do Espaço Einstein de Esporte e Reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein.

Podem ser realizadas por meio de movimentos rápidos e vigorosos antes dos exercícios para estimular a musculatura e a circulação. Após os treinos, especialmente os de alta intensidade, são mais lentas e com leve ou média intensidade para relaxar os tecidos e os músculos. Nesse caso, ainda ajuda a acelerar a recuperação após a atividade, diminuindo a dor muscular de início tardio e a fadiga.

Como esse tipo de massagem promove o aumento do fluxo sanguíneo no tecido, diminui a tensão muscular, reduz a dor e aumenta a percepção de bem-estar, o melhor momento para realizá-la é nas primeiras 48 horas após a prática da atividade física. Quanto mais cedo ela entrar em cena, melhores serão os resultados.

"A frequência deve levar em consideração os objetivos individuais de cada atleta, o nível de intensidade, as demandas específicas da atividade praticada e o período que a pessoa está vivendo, a pré-temporada, o meio ou o final da competição", explica o fisioterapeuta do Einstein. Ele exemplifica que muitos corredores marcam sessões uma ou duas vezes por semana quando estão passando por períodos de treinamento mais intensos e, ao se aproximarem de competições, aumentam a frequência para se recuperar mais rapidamente.

As contraindicações envolvem lesões agudas, machucados importantes na pele, febre, sinais de trombose venosa profunda e alterações graves no sistema circulatório.

Fonte: Agência Einstein

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