Peoa Raíssa diz que quer beber, mas está tomando remédio. Há perigo?
Bruna Alves
Do VivaBem, em São Paulo*
29/10/2020 12h30
A peoa Raissa Barbosa desabafou sobre o tratamento que vem realizando no reality "A Fazenda" e disse que sente falta da liberdade. "Queria beber", disse, mas depois completou que está tomando remédio.
Durante a exibição de um programa no mês passado, a peoa recebeu votos de oito participantes e foi uma das escolhidas para integrar a "roça", episódio que gerou briga e confusão. Diante dos fatos, os administradores de seu perfil no Twitter revelaram que Raíssa sofre de transtorno de personalidade Borderline. Em conversa com outra participante, a modelo não revelou que tipo de medicamento toma e nem para qual problema exatamente.
No entanto, a mistura de bebida e remédio pode ser arriscada, e não precisam ser só medicamentos de uso contínuo. Até um simples analgésico para combater dor de cabeça combinado com bebida alcoólica em excesso pode inibir ou aumentar o efeito e colocar a saúde em risco.
Por que isso acontece?
Grande parte dos medicamentos sofre ação de enzimas no fígado, onde o álcool tem ação direta e é metabolizado. Dessa forma, outras substâncias que dependem do fígado para funcionar, como alguns remédios, também sofrem alteração em seu metabolismo.
Isso pode resultar em reações adversas e aumentar a chance de hepatite aguda, por sobrecarregar o órgão. Em outras palavras, o álcool altera a quantidade ou a atividade de algumas enzimas utilizadas na biotransformação de vários medicamentos.
Principais perigos da interação de medicamentos com álcool
- Analgésicos/antipiréticos: sangramento no estômago, danos no fígado;
- Antibióticos: náuseas, tonturas, acelera o batimento cardíaco, pressão baixa, confusão, entre outros;
- Antidepressivos: aumenta o efeito sedativo, inibe o efeito do remédio, convulsão, visão turva;
- Ansiolíticos (calmantes): dificuldade respiratória, risco de coma, sonolência e dependendo da interação pode até levar à morte;
- Anticonvulsionantes (antiepiléticos): dificuldade respiratória, inibe o efeito do remédio; tontura, aumenta o efeito sedativo;
- Anti-hipertensivos: dor de cabeça, tontura, desmaio, alteração da frequência cardíaca.