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Mel pode ser tratamento melhor para a tosse do que antibióticos, diz estudo

Mel Heborá - Adriano Fagundes
Mel Heborá Imagem: Adriano Fagundes

Do UOL, em São Paulo

18/08/2020 23h39

Um estudo recente, publicado por cientistas da Universidade de Oxford na EBM, sugere que o mel pode ser um tratamento melhor para tosses e resfriados do que os antibióticos. Além disso, o produto é barato, facilmente disponível e praticamente não tem efeitos colaterais.

Segundo os pesquisadores, os médicos podem recomendá-lo como uma alternativa adequada aos medicamentos tradicionais, que muitas vezes são prescritos para essas infecções embora não sejam tão eficazes.

O mel vem sendo usado como tratamento caseiro há muitas décadas, mas ainda faltavam conclusões científicas sobre sua atuação contra infecções do trato respiratório superior.

Por isso, os cientistas analisaram bancos de dados de pesquisa para estudos relevantes comparando mel como com outros tratamentos mais usuais — principalmente anti-histamínicos, expectorantes, antitussígenos e analgésicos.

Ao todo, foram encontrados 14 ensaios clínicos adequados, envolvendo 1.761 participantes de várias idades. A análise dos dados dos estudos indicou que o mel foi mais eficaz do que tratamentos comuns para melhorar os sintomas, especialmente a frequência e a gravidade da tosse.

Dois dos estudos mostraram que os sintomas duraram de um a dois dias a menos entre aqueles tratados com mel.

Porém, os pesquisadores Hibatullah Abuelgasim, da Escola de Medicina da Universidade de Oxford, e Charlotte Albury e Joseph Lee, do Departamento de Ciências da Saúde de Atenção Primária de Nuffield, observaram que o mel é uma substância complexa e não um produto uniforme.

Segundo eles, apenas dois dos estudos envolveram um placebo, ou seja, para resultados mais confiáveis, outros estudos desse tipo precisam ser feitos antes de se chegarmos a conclusões definitivas.