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Reportagem de VivaBem sobre solidão LGBT vence prêmio da ABP

Imagem: Arquivo pessoal

Do VivaBem, no Rio de Janeiro

10/10/2019 10h40

A reportagem Preconceito, Isolamento e Depressão: Solidão LGBT Precisa Ser Discutida, publicada pelo VivaBem em junho de 2018, venceu o 6º Prêmio ABP de Jornalismo na categoria online. O troféu foi entregue nessa quarta (9), no Rio de Janeiro, durante a cerimônia de abertura do XXXVII Congresso Brasileiro de Psiquiatria - CBP, no Centro de Convenções Riocentro.

A matéria premiada retrata a realidade de boa parte dos indivíduos LGBT, vítimas de preconceito, que quase sempre vem acompanhado de culpa em relação à sua orientação sexual e identidade de gênero. O comprometimento das relações sociais, em especial com a família, é uma consequência natural. O que quase nunca está na pauta dos veículos é que todos esses fatores, juntos, representam grave dano à saúde, com aumento dos riscos de ansiedade, depressão, doenças cardíacas, diabetes tipo 2, demência e de tentativa de suicídio.

Gabriela Ingrid, autora da reportagem, enxergou a oportunidade de explorar o assunto quando conheceu o projeto "Preciso dizer que te amo", que tem como objetivo prevenir o suicídio de homens trans por meio de amigos. Ariel Nobre, criador da campanha, deixou claro que não queria mais ver matérias tristes sobre a transexualidade. "Com seu discurso ativista, Ariel não deixa que a questão se apoie em vitimismo", conta a jornalista.

A repórter ainda conversou com o holandês Boris Dittrich, que estava no Brasil na época. O escritor e ex-parlamentar foi o responsável pelo projeto de lei que fez seu país se tornar o primeiro do mundo a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, há 18 anos, e concedeu aos casais homossexuais o direito de adotar crianças. "Boris se disse assustado com o Brasil e questionou como o país que tem a maior parada gay do mundo pode ser tão 'LGBTfóbico'", lembra ela.

O alerta trazido pela reportagem é importante especialmente em uma sociedade como a nossa, em que 21% das pessoas dizem ter ódio e antipatia de conviver com gays e 40% dos assassinatos transfóbicos do mundo ocorrem aqui. Números como esses explicam a tendência de a comunidade LGBT se excluir e a se isolar cada vez mais. Para combater o problema, como ressaltam os especialistas consultados na matéria, é essencial a educação sexual da população, que deve começar nas escolas.

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