Maioria dos suplementos não protege contra doenças do coração, diz estudo
Do UOL VivaBem, em São Paulo
14/07/2019 12h16
Não é de hoje que existe uma polêmica sobre suplementos. Alguns já mostraram não ser eficazes para memória. Agora, um novo estudo mostrou que tomar alguns suplementos alimentares podem não ter efeito e ainda prejudicar a saúde cardiovascular.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas usaram uma metanálise incluindo pesquisas de diferentes universidades. Os resultados foram publicados no periódico Annals of Internal Medicine.
Como o estudo foi feto
- Os cientistas analisaram os dados de 277 ensaios clínicos randomizados que envolveram quase 1 milhão de participantes.
- Foram analisados os efeitos de 16 suplementos nutricionais e oito intervenções dietéticas sobre a saúde do coração e mortalidades dos pacientes.
- As intervenções de dieta incluíam sal reduzido, gordura saturada reduzida, dieta mediterrânea, ingestão mais alta de ácidos graxos, entre outros.
- Ao analisar os resultados, os pesquisadores puderam observar que essas intervenções de dietas tiveram um resultado positivo. Os ácidos graxos de cadeia longa protegiam contra ataques cardíacos e doenças coronárias. Além disso, a ingestão de ácido fólico diminui o risco de acidente vascular cerebral.
- No entanto, outros suplementos não tinham efeito nenhum na saúde coração e poderiam ser até prejudiciais.
- Eles também descobriram que, após uma dieta mediterrânea, reduzir a ingestão de gordura saturada, também não trouxe benefícios significativos.
Suplementos não foram eficazes
Os pesquisadores descobriram que tomar selênio, selênio, vitamina A, vitamina B-6, vitamina C, vitamina D, vitamina E, cálcio, ácido fólico e ferro não trazia resultados significativos contra problemas cardiovasculares e morte precoce.
E o pior: participantes que consumiam vitamina D e suplementos de cálcio juntos tinham maior risco de sofrer derrame.
Os autores disseram que as descobertas ainda são limitadas, mas abrem caminho para um maior entendimento e estudos sobre o tema.
"Este estudo pode ajudar aqueles que criam orientações cardiovasculares e dietéticas profissionais a modificar suas recomendações, fornecer a base de evidências para os médicos discutirem os suplementos dietéticos com seus pacientes e orientar novos estudos para preencher a lacuna de evidências", disse Safi Khan, um dos autores do estudo.
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