É da nossa natureza perdoar comportamentos que não concordamos, diz estudo
Do UOL VivaBem, em São Paulo
18/09/2018 16h02
Você é do tipo de pessoa que perdoa facilmente ou costuma guardar mágoas? Uma nova pesquisa conduzida por pesquisadores da Universidade de Oxford (Inglaterra) e de Yale (EUA) aponta que é da natureza humana relevarmos um comportamento que interpretamos como ruim.
Durante o trabalho científico, mais de 1500 indivíduos presenciaram o seguinte: uma pessoa "boa" e outra "ruim" tinham de dor dolorosos choques elétricos em alguém em troca de dinheiro. Enquanto a pessoa "boa" se recuou a eletrocutar por grana, a "má" aceitou a proposta.
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Depois, os voluntários foram questionados sobre suas impressões de caráter moral e como estavam confiantes sobre essas impressões. Eles rapidamente formaram impressões estáveis e positivas sobre pessoa "boa" e estavam altamente confiantes sobre seu ponto de vista. No entanto, voluntários se mostraram menos seguros em criticar a pessoa mau e com uma tendência a perdoá-la, mesmo não concordando com seu comportamento.
"O cérebro forma impressões sociais de uma maneira que permite o perdão", disse a psicóloga de Yale, Molly Crockett, uma das autoras do estudo. "Como as pessoas às vezes se comportam mal por acidente, precisamos atualizar as impressões ruins que se revelam equivocadas. Caso contrário, poderíamos terminar os relacionamentos prematuramente e perder os muitos benefícios da conexão social."
Esse padrão de atualização de impressões pode fornecer algumas dicas sobre por que as pessoas às vezes se prendem a relacionamentos ruins, disse Crockett. "Achamos que nossas descobertas revelam uma predisposição básica para dar aos outros, até para estranhos, o benefício da dúvida. A mente humana é construída para manter relacionamentos sociais, mesmo quando os parceiros às vezes se comportam mal".
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