Adotar dieta mediterrânea na velhice ajuda a prolongar vida
Do VivaBem, em São Paulo
31/08/2018 13h26
Os cientistas já mostraram que a dieta mediterrânea ajuda na prevenção de osteoporose em mulheres, aumenta os resultados da fertilização artificial e ainda pode melhorar até sintomas da psoríase. Agora, os pesquisadores dizem que esse tipo de alimentação ainda oferece benefícios na velhice e pode reduzir o risco de morte.
Embora um pouco nebuloso em composição específica, a dieta é tipicamente rica em peixe, nozes, legumes frescos, azeite e frutas.
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"Como estamos enfrentando um processo de envelhecimento em todo o mundo, especialmente na Europa, é particularmente importante ver que tipos de ferramentas temos hoje para enfrentar esse processo de envelhecimento", disse Marialaura Bonaccio, epidemiologista do Instituto Neurológico do Mediterrâneo. IRCCS Neuromed e autor do estudo.
Publicado no British Journal of Nutrition, o estudo analisou a saúde e dieta de 5.200 indivíduos com 65 anos ou mais da região de Molise, na Itália, que foram recrutados como parte de um estudo maior entre 2005 e 2010, e acompanhados até 2015, durante o qual 900 mortes ocorreram.
Os participantes preencheram um questionário alimentar que refletia sua dieta no ano anterior ao cadastro, e cada um recebeu uma pontuação sobre o quão próxima sua dieta estava da dieta mediterrânea em uma escala de 0 a 9.
Os resultados revelam que aqueles que aderiram mais de perto à dieta mediterrânea também eram mais propensos a realizar mais atividade física em seu tempo livre. Quando fatores como idade, sexo, níveis de atividade, nível socioeconômico, tabagismo e IMC foram levados em consideração, aqueles com alta adesão à dieta (pontuação de 7 a 9 na escala) tiveram um risco 25% menor de qualquer causa de morte.
A equipe também analisou se componentes específicos da dieta mediterrânea estavam mais fortemente ligados a uma redução na mortalidade do que outros, observando mudanças na redução do risco de morte associada a um aumento de dois pontos na adesão à dieta.
“Eu diria que desenvolver e manter hábitos alimentares mais saudáveis é muito mais importante no início da vida, pois uma vez estabelecidos os hábitos, eles geralmente são mantidos."