Uma hora de meditação reduz ansiedade e fatores de risco para o coração
Do VivaBem
21/04/2018 11h37
Os benefícios da meditação a longo prazo já foram comprovados em alguns estudos anteriores. Uma nova pesquisa, no entanto, descobriu que apenas uma sessão de uma hora da prática pode ter benefícios cardiovasculares e psicológicos para adultos com ansiedade leve a moderada.
Realizado pela Universidade Tecnológica de Michigan, o estudo analisou 14 participantes em três etapas. Na primeira, os pesquisadores mediram a ansiedade de cada um dos voluntários e realizaram testes cardiovasculares medindo a variabilidade da frequência cardíaca, pressão arterial em repouso e análise de ondas de pulso. Na segunda, os participantes realizaram uma sessão de 20 minutos de meditação introdutória, 30 minutos de exame corporal e 10 minutos de meditação autoguiada, além de repetir medidas cardiovasculares imediatamente após a meditação e 60 minutos depois. Na terceira e última fase, foi realizado um teste de ansiedade pós-meditação uma semana depois.
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Após as etapas, os 14 participantes do estudo mostraram menor frequência cardíaca de repouso e redução da carga pulsátil aórtica (a quantidade de mudança na pressão arterial entre a diástole e a sístole de cada batimento cardíaco multiplicada pela frequência cardíaca). Além disso, pouco depois de meditar, e mesmo uma semana depois, o grupo relatou que os níveis de ansiedade estavam mais baixos do que os níveis anteriores à meditação.
Durante o exame corporal, o participante é solicitado a focar intensamente em uma parte do corpo de cada vez, começando com os dedos dos pés. De acordo com os cientistas, concentrando-se em partes individuais do corpo, uma pessoa pode treinar sua mente para girar de atenção detalhada para uma percepção mais ampla de um momento para o outro.
"O objetivo dessa parte da meditação é que, se você puder se concentrar em uma única parte de seu corpo, apenas no dedão do pé, será muito mais fácil lidar com algo estressante em sua vida. Você pode aprender a se concentrar em uma parte de algo, ao invés tentar enfatizar tudo o que ocorre em sua vida ", diz Hannah Marti Marti, uma das autoras do estudo.